Notícias
ENCONTRO
Unidade de Transplante do HUB promove evento de encerramento de ano com balanço das atividades e confraternização
Brasília (DF) – O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou no último dia 12, no Auditório 1 do hospital, mais uma edição do evento de encerramento do ano, da Unidade de Transplantes, com ações, retrospectiva e relatos de pacientes. O encontro reuniu equipes de profissionais do HUB, pacientes e familiares. Na ocasião, foi apresentado um relatório com dados e ações da unidade referente aos transplantes de rim, córnea e Transplante de Medula Óssea (TMO Autólogo), neste ano de 2025.
De acordo com o chefe da Unidade de Transplante, Gustavo Arimatea, esse evento que acontece anualmente já é um momento tradicional, contando com a participação e contribuição de profissionais da unidade e pacientes. “É também uma oportunidade que consideramos muito importante para estarmos todos juntos, e já que enfrentamos tantos momentos difíceis, agora chegou a hora de comemorarmos também e expressar nossa gratidão aos nossos colegas que estão aqui, e aos responsáveis técnicos pelas modalidades de transplante que o HUB realiza”, enfatizou.
O médico urologista e responsável técnico pela equipe de transplante de rim, Pedro Rincon, apresentou o trabalho realizado ao longo do ano pela Unidade, mostrando também dados do Registro Brasileiro de Transplante. Segundo ele, são os últimos dados consolidados até o mês de setembro. O médico ainda destacou que está acontecendo uma tendência de aumento dos transplantes desde 2020 no Brasil, principalmente às custas do transplante do doador falecido.
Segundo Pedro Rincon, quando comparado o número de transplantes por bilhão de habitantes, o Distrito Federal (DF) sempre aparece nas primeiras posições. Só em 2025, o estado ocupou a quinta posição em quantidade de transplantes renais por milhão de habitantes. “Quando vemos o subgrupo dos doadores vivos, ficamos melhor ranqueados, atrás somente de São Paulo e Espírito Santo. Nesse sentido, o HUB-UNB tem um papel importantíssimo, já que, até setembro, foram realizados 400 transplantes no Distrito Federal, sendo que, desse total, o HUB contribuiu com 41% de todos os transplantes nesse estado”, acrescentou Pedro.
Matheus Durães, médico hematologista representando a referência técnica em transplante de medula óssea (TMO), Flávia Xavier, em sua fala, apresentou a produção do serviço de transplante de medula óssea e o seu crescimento em dois anos de existência. Conforme o médico, em 2023, foi realizado o primeiro TMO desse serviço, sendo também o primeiro em paciente adulto, num hospital 100% SUS no Distrito Federal.
“Desde então, a missão de realizar esse tipo de transplante está crescendo. Em 2024, foi iniciado o processo para entrada do HUB no projeto TMO Brasil, do PROADI-SUS, por meio do hospital Beneficência Portuguesa. Nesse mesmo ano, foram realizados 11 transplantes e, em 2025, a meta, que era 22, deve ser superada”, apontou o médico. Segundo ele, foi um aumento expressivo de um ano para o outro. “Também temos o objetivo de aumentar o fluxo pré-transplante para conseguirmos transplantar mais pacientes, aumentando esse número em 2026”, concluiu Matheus Durães.
Relato de paciente
Noemi da Silva Nóbrega de Moura, de 58 anos, transplantada de rim em fevereiro deste ano, sofre de rins policísticos, um problema hereditário. Em agosto de 2023, segundo seu relato, ocorreu a paralisação desse órgão. “Eu estava sendo acompanhada por um médico nefrologista que indicou hemodiálise. Isso foi um choque na minha vida. Comecei a fazer hemodiálise, mas eu tinha muita rejeição, pois, achava que só passaria por isso quando tivesse cerca de 80 anos”, disse Noemi.
Ela entrou na fila para o transplante e, conforme relatou, foi uma situação difícil! “Em 2024, fui encaminhada para atendimento no HUB. Acho que foi Deus quem colocou a mão! Mas, fui transplantada porque meu filho Igor Nóbrega, de 32 anos, fez a doação”, frisou. No início, Noemi não aceitou receber o órgão do filho, por ele ser uma pessoa jovem, atleta de canoagem, e que poderia um dia passar pela mesma situação que ela, já que outros membros de sua família também sofrem de problemas renais, como seu filho mais velho.
Diante dessas circunstâncias, a equipe médica do HUB-UnB indicou um exame genético para avaliar se Igor Nóbrega poderia ter problemas de origem hereditária, e assim confirmar ou não a doação de seu rim para sua mãe, Noemi. “Deu tudo certo! Hoje tenho uma nova vida, e participar desse evento me deixou muito emotiva por tudo que passei. Foi difícil! Foi Deus na frente, pois me entreguei na mão dele. Então, sei que cheguei no lugar certo, aqui no HUB”, concluiu Noemi.
Rede Ebserh
O Hospital Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília (HUB-UnB), faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Rosenato Barreto
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh