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Exame nacional unificado
Vagas de residência disponibilizadas pelo Enare poderão ser ampliadas com adesão de secretarias estaduais de saúde
Brasília (DF) – As próximas edições do Exame Nacional de Residência Ebserh (Enare) poderão oferecer um quantitativo muito maior de vagas de residências das áreas médica, multi e uniprofissional, com a possibilidade de adesão das secretarias estaduais de saúde. A proposta foi discutida nesta quarta-feira, 28, quando o vice-presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC), Eduardo Vieira, participou da assembleia geral ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para apresentar o processo seletivo centralizado.
Eduardo Vieira afirmou que a Ebserh/MEC percebeu a necessidade de criar um exame nacional para preenchimento de vagas de residência pelos vários problemas apresentados até então. “Ano passado, fizemos um piloto com oito hospitais e foi um sucesso. Não tivemos nenhum problema e resolvemos estender essa oportunidade para um âmbito maior, incluindo as secretarias estaduais de saúde, que poderiam utilizar esse sistema otimizando o processo e economizando recursos públicos”, declarou.
Segundo o presidente do Conass, Carlos Eduardo de Oliveira, o Enare é um caminho necessário e sem volta. “É um processo que vai maturando com o tempo e daqui a alguns anos nem nos lembraremos que fazíamos essa quantidade enorme de provas, em uma porção de estados, com diversos critérios”, afirmou.
A opinião foi compartilhada pelo secretário de saúde do Espírito Santo (ES), Nésio Fernandes. “A proposta gerou um grande entusiasmo aqui na Secretaria de Saúde do ES e devemos colocar nossas mais de 500 vagas de residência no exame nacional. É uma iniciativa que merece o apoio do Conass, pois além de otimizar recursos e tempo, me parece ser uma metodologia adequada para que consigamos reduzir a ociosidade das vagas”, ressaltou.
De acordo com o diretor de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde da Rede Ebserh/MEC, Giuseppe Gatto, o Enare trouxe uma mudança importante no paradigma de acesso às residências, com importantes benefícios, como a grande ocupação das vagas oferecidas, já ressaltada pelo secretário capixaba. “A probabilidade de ocupar as vagas é muito grande, principalmente aquelas estratégicas para o Sistema Único de Saúde. Isso já foi testado no nosso piloto”, salientou o diretor.
Como funciona
O sistema de classificação do Enare é muito próximo ao Enem/Sisu, em que o candidato sai com a nota alcançada na especialidade escolhida após as provas e a utiliza para indicar onde pretende atuar. “O sistema fica aberto por um tempo determinado para que cada candidato registre o local de sua preferência. As melhores notas se sobrepõem às menores, determinando, ao fechar, quem ocupará as vagas. Em seguida, ele é aberto novamente para preencher as vagas ociosas e para a formação de cadastro reserva, reduzindo muito a possibilidade de deixar vagas ociosas”, explicou o coordenador de Planejamento de Pessoal da Rede Ebserh/MEC, Mauro Oliveira.
A primeira edição do Enare contou com 4.169 inscritos disputando 304 vagas para 41 especialidades de Residência Médica, oito para a Residência Uniprofissional (entre Enfermagem e Física Médica) e 93 para a Residência Multiprofissional, que inclui enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, odontólogos, nutricionistas e profissionais de Educação Física. Essas vagas foram voltadas para oito hospitais da Rede Ebserh/MEC e um hospital militar.
“As universidades federais participantes tiveram menos vagas ociosas, eliminaram os custos e a carga burocrática da realização dos exames individuais e ampliaram a qualificação da seleção. Para os candidatos, o exame unificado apresentou vantagens como custo menor, data única para a realização das provas, aplicação em todas as capitais, escolha de onde o residente quer atuar, dentre outras”, enumerou o coordenador.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC