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DIA MUNDIAL DO DIABETES
Rede Ebserh garante assistência integral ao paciente com diabetes pelo SUS
O tratamento da diabetes exige o cuidado da alimentação, a prática regular de exercícios e o acompanhamento médico.
Nesta matéria, você verá:
Brasília (DF) – O diabetes é uma condição séria que demanda acompanhamento contínuo e informação. Na sequência da matéria que alertou para os diferentes tipos, esta edição especial pelo Dia Mundial do Diabetes (14) destaca a importância da atenção integral ao paciente diabético e a assistência garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na oferta de medicamentos, no acompanhamento médico e nas orientações sobre os hábitos de vida para evitar complicações.
Alimentação e exercício físico são prevenção e tratamento
Para todos os casos de diabetes, a alimentação equilibrada é essencial tanto na prevenção quanto no tratamento, sinaliza a nutricionista Mariana Pinheiro, do Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap). Segundo ela, “não existe uma dieta única para todos, mas padrões saudáveis que priorizam a redução de açúcares simples e gorduras saturadas e o aumento de fibras, proteínas magras e gorduras boas, aliados à prática regular de atividade física”, recomenda.
A alimentação contribui para manter o controle glicêmico, melhorar a sensibilidade à insulina e potencializar os efeitos do tratamento farmacológico, esclarece Mariana. Ingerir itens sem açúcar e alimentos como feijão, arroz, carnes, frutas regionais e verduras é indicado. Industrializados e processados devem ser evitados. “É importante mencionar a forma de preparo desses alimentos. Dê preferência para alimentos cozidos e assados, com redução de gorduras adicionadas, como também a preferência para utilização de temperos naturais”.
Cuidados com os pés
É muito comum que o paciente diabético apresente problemas nos pés, que podem evoluir para úlceras, infecções e até amputações, caso não haja controle da doença. No Hospital Universitário da Universidade Federal de Roraima (HU-UFRR), os acadêmicos de Medicina Amanda Cunha e Josvaldo Viana desenvolveram um Projeto de Iniciação Científica (PIC) sobre a prevenção de reinternações e amputações por complicações do pé diabético com 50 pacientes. Amanda destaca que esse risco acontece pela combinação da chamada “neuropatia periférica” nessa região, que reduz a sensibilidade ao toque e à temperatura, e à diminuição do fluxo sanguíneo nos membros inferiores, dificultando a cicatrização e aumentando o risco de infecções.
O autocuidado com o pé diabético é um dos pilares do tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde e inclui de manter o formato correto de cortar as unhas (retas e sem deixar cantos para evitar que encravem) até a escolha do sapato mais adequado: acolchoado, sem costuras e com tiras grossas, para evitar atritos e calos que possam se tornar feridas. “Envolve também hábitos de higiene diários de lavar os pés com água e sabão e secá-los bem, principalmente na área entre os dedos, além de realizar a hidratação. Os pacientes diabéticos precisam ficar atentos a sempre estarem calçados, mesmo dentro de casa, pois devido à perda de sensibilidade podem machucar os pés com mais facilidade”, explica ela.
Tratamento garantido pelo SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza uma variedade de medicamentos e insumos para o tratamento do diabetes. Segundo o farmacêutico Neylor Garcia, do HU-UFRR, “os medicamentos são fornecidos principalmente pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), além do Programa Farmácia Popular do Brasil”.
Os fármacos, oferecidos gratuitamente, ajudam a manter os níveis estáveis de glicose no sangue e os insumos são essenciais para monitoramento domiciliar da glicemia, como glicosímetros, tiras reagentes, lancetas e seringas com agulha acoplada. Além disso, o SUS oferta a insulina humana NPH (para controle da glicose entre refeições) e regular (de ação rápida), em frasco ou caneta, incluindo a nova caneta refil (reutilizável). O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha com todas as orientações de uso das versões descartável e reutilizável da insulina em caneta.
Todo o tratamento deve ser prescrito e orientado pelo médico, e o acompanhamento disponibilizado pelo SUS está presente desde a Atenção Primária. Os hospitais da Rede Ebserh também recebem encaminhamento de pacientes com diabetes em seus Ambulatórios para atendimento especializado.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh