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Neurofisiologista do Hospital da Rede Ebserh em Uberlândia (MG) alerta sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica
A conscientização sobre a ELA é fundamental para aumentar a visibilidade da doença, apoiar a pesquisa científica e sensibilizar a sociedade para a importância de políticas públicas adequadas. Imagem ilustrativa: freepik
Uberlândia (MG) – O Dia Mundial de Conscientização sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), celebrado no dia 21 de junho, é uma data dedicada a colaborar na compreensão sobre uma das doenças neurodegenerativas mais progressivas, que afeta, em sua maioria, adultos com mais de 50 anos.
A ELA é uma doença que atinge os neurônios motores, responsáveis pelo controle dos músculos, e sua degeneração leva à perda de força muscular, comprometendo funções essenciais como falar, engolir e respirar. No Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), pacientes com a doença têm acesso a tratamento integral e gratuito, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Sintomas, causas e diagnóstico
O neurofisiologista da Unidade do Sistema Neurológico do HC-UFU, Diogo Fernandes dos Santos, explica que os sintomas iniciais incluem fraqueza muscular assimétrica e dificuldades na fala e no momento de engolir, mas que, além desses sinais, “é comum observar a presença de fasciculações (contrações musculares rápidas, involuntárias e visíveis que podem ser sentidas ou vistas sob a pele) e atrofia muscular”.
Como consequência, a condição afeta a saúde em geral e a qualidade de vida do paciente, sendo necessário o acompanhamento frequente e adequado para que a pessoa tenha um pouco mais de conforto.
O diagnóstico é feito com critérios clínicos, além da eletroneuromiografia, um exame que irá comprovar o comprometimento motor do paciente. Embora a cause exata seja desconhecida, fatores genéticos e hábitos de vida podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Tratamento e abordagem multidisciplinar
Atualmente, não há cura para a ELA, porém “a doença é tratada com medicamentos que têm por objetivo amenizar a progressão da doença, além de medidas clínicas que devem ser utilizadas para tratar os diferentes sintomas secundários que podem ocorrer na doença. É importante destacar que a doença exige uma abordagem multiprofissional, que possa melhorar a qualidade de vida e trazer conforto aos pacientes”, comenta o profissional.
“A assistência ventilatória é um grande pilar no tratamento e deve ser conduzida em conjunto com um fisioterapeuta respiratório com experiência em doenças neuromusculares”, ressalta o Dr Diogo Fernandes.
A Importância da conscientização
A conscientização sobre a ELA é fundamental para aumentar a visibilidade da doença, apoiar a pesquisa científica e sensibilizar a sociedade para a importância de políticas públicas adequadas. Além disso, falar sobre os sintomas pode colaborar para a busca por médicos especializados, que podem diagnosticar a doença precocemente e oferecer mais qualidade de vida a cada paciente.
Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Maria Carolina Frigo Maschio, com revisão de Rafael Tadashi
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh