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Dezembro Vermelho
Hospitais da Rede Ebserh reforçam a importância da conscientização da população sobre a luta contra a aids
Neste ano, o tema da campanha é "Eliminação das desigualdades para acabar com a aids
Brasília (DF) – O mês de dezembro é dedicado à prevenção e à luta contra as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a aids. A campanha nacional foi instituída pela Lei nº 13.504/2017 e tem como objetivo garantir a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectada com o vírus HIV.
De acordo com a enfermeira Isabella Oliveira, que atua na área de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), vinculado à Rede Ebserh, a aids continua sendo um problema de saúde, mas a meta estabelecida para os países é acabar com a doença até 2030.
Neste ano, o tema da campanha é "Eliminação das desigualdades para acabar com a aids", proposto pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS). “Esse tema foi escolhido para chamar atenção quanto às desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas que impulsionam a aids e outras pandemias. Devemos concentrar esforços na população que corre maior risco, em acelerar a introdução de exames diagnósticos e prevenção, também garantir o acesso precoce ao tratamento mais eficaz às pessoas vivendo com HIV/Aids".
De acordo com a médica infectologista Clarissa Madruga, que atua no Serviço de Assistência Especializada Materno Infantil (SAE) do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), esse tema é um chamado à ação para os gestores. “Temos que ter disponíveis serviços de qualidade para prevenção, tratamento e testagem do HIV, possibilitando acesso equitativo das comunidades de diferentes regiões, além do combate à discriminação, garantindo atendimento respeitoso a todos. As populações mais vulneráveis sempre são as mais prejudicadas”, enfatizou.
Saiba mais
Segundo informações fornecidas pelo Ministério da Saúde, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou até por outros microrganismos, sendo transmitidos principalmente por meio de contato sexual sem o uso de preservativos com uma pessoa que esteja infectada. Até o momento, a aids é uma doença que não tem cura e, por disso, é necessário proteções eficientes contra o contágio, além de campanhas contra o preconceito.
“Segundo o último boletim epidemiológico HIV/Aids, do Ministério da Saúde, publicado em 1º dezembro de 2022, a maior concentração dos casos de aids no Brasil, no período de 1980 a junho de 2022, foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos: 51,7% dos casos do sexo masculino e 47,4% dos casos do sexo feminino pertencem a essa faixa etária”, detalharam Ivana Cassol, médica Infectologista, e Laura Vielmo, farmacêutica, que atuam no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM-UFSM), também vinculado à Rede Ebserh.
Após quatro décadas de resposta ao HIV, as desigualdades ainda são persistentes nos serviços mais básicos, como prevenção, diagnóstico, tratamento e, principalmente, no acesso às novas tecnologias. Apenas um terço das pessoas das populações-chave – incluindo homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas que fazem uso de drogas, profissionais do sexo e pessoas em privação de liberdade – têm acesso regular à prevenção do HIV. Populações-chave enfrentam, também, grandes barreiras jurídicas, incluindo criminalização, discriminação e estigma.
Com informações dos HUFs