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Especialista do HC-UFG dá dicas para manter a saúde do coração
Prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada estão entre alguns dos cuidados necessários
Goiânia (GO) – Segundo dados do Ministério da Saúde (MS) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares, ou seja, que afetam coração e vasos sanguíneos, são a principal causa de mortes no Brasil e chegam a custar 400 mil vidas por ano. Quando não matam, podem deixar sequelas graves, tanto físicas quanto cognitivas. Contudo, o cardiologista Aguinaldo Figueiredo Freitas Jr., chefe do serviço de cardiologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), reforça que é possível evitar tantas complicações e compartilha dicas de hábitos saudáveis que contribuem diretamente com a saúde do coração:
1. Não fume
A nicotina e as demais substâncias tóxicas do tabaco, como monóxido de carbono e alcatrão, prejudicam o coração ao aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial, danificar as paredes das artérias e favorecer a formação de coágulos. Esses efeitos aceleram a aterosclerose e elevam o risco de doenças como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
2. Exercite-se regularmente
Praticar atividade física fortalece o músculo cardíaco, melhora a circulação e ajuda a controlar a pressão arterial, bem como níveis de colesterol e a glicemia, reduzindo a inflamação e o risco de doenças cardiovasculares.
3. Cuide da alimentação
O que comemos influencia a saúde do coração, pois pode controlar ou agravar fatores como colesterol, pressão arterial, peso e inflamação. Alimentos que devem ser consumidos com mais frequência são frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixes, oleaginosas e azeite de oliva. Já frituras, alimentos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras saturadas ou gorduras trans, devem ser evitados para prevenir doenças cardiovasculares.
4. Monitore a pressão arterial
A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a morte cardiovascular. Os níveis ideais de pressão arterial variam conforme o perfil do paciente, mas, de modo geral, devem ser menores do que 130x80. No caso de pacientes adultos, é recomendada avaliação anual com médico cardiologista para monitorar esses índices de forma adequada.
5. Tenha níveis adequados de colesterol
O colesterol, assim como a pressão arterial, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Níveis elevados de LDL, também conhecido como colesterol ruim, estão intimamente associados a maiores índices de infarto e derrame. Os níveis de LDL dependem do perfil do paciente, e um bom médico saberá orientá-lo.
6. Monitore seus índices de lipoproteína “a”
A lipoproteína “a”, ou Lp(a), é uma partícula de gordura e proteína ligada ao LDL, cujo excesso, determinado principalmente por genética, favorece aterosclerose e formação de coágulos, aumentando o risco de infarto, AVC e estenose da válvula aórtica. A lipoproteína independe do estilo de vida e do seu colesterol, ou seja, mesmo magro e praticando atividade física, você pode ter a sua dosagem elevada no sangue, o que configura o aumento do risco de infarto. Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas precoces, colesterol alto resistente ao tratamento ou eventos cardiovasculares sem causa aparente devem realizar o exame de dosagem de Lp(a).
Atualmente, o HC-UFG participa de diferentes estudos, multicêntricos e internacionais, com lipoproteína, inclusive, recrutando voluntários para realizar exames de dosagem de Lp(a) gratuitamente e oferecendo orientação médica de acordo com os resultados.
Devem fazer o exame pessoas com mais de 55 anos que apresentem dois fatores entre: hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade.
7. Visite um cardiologista regularmente
Pelo menos uma vez ao ano, pacientes adultos devem se submeter a uma avaliação da saúde do coração. Essa indicação é ainda mais importante para pessoas com alguma comorbidade ou histórico familiar de doenças cardiovasculares.
Sobre a Ebserh
O HC-UFG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh