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DIA DO IDOSO
Ebserh celebra Dia da Pessoa Idosa com acolhimento e rede de serviços
Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa reforça importância do cuidado e respeito com a terceira idade. Imagem ilustrativa: Freepik.
Brasília (DF) – Nesta quarta-feira, 1° de outubro, é celebrado o Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa, com objetivo de conscientizar a sociedade sobre valorização e direitos na terceira idade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. No Brasil, a população de idosos representa mais de 33 milhões de pessoas, segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde 2011, a Empresa Brasileira de Serviços Brasileiros (Ebserh) desenvolve diversas ações voltadas para a saúde da população idosa, atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em busca de garantir mais qualidade de vida a esse público-alvo, a Rede Ebserh trabalha no avanço de implementação de serviços de saúde pública dedicados especialmente aos pacientes idosos.
É o caso do serviço de geriatria oferecido pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), que possui especialistas para diferentes tipos de necessidades, a exemplo dos ambulatórios específicos para geriatria geral, oncogeriatria, demência, Doença de Parkinson e outros. “Além dos ambulatórios, também oferecemos os serviços de assistência domiciliar, com pacientes em ventilação mecânica, oxigenoterapia, que fazem uso de medicações endovenosas, tudo sem precisar sair de casa”, explicou o coordenador do serviço de Cuidados Paliativos do HC-UFU, geriatra Marcelo de Freitas.
O serviço de saúde cardiovascular na terceira idade, oferecido pelo Hospital Universitário de Tocantins, da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), é mais uma área que integra o olhar integral no cuidado com o idoso. A cardiologista Alinne Macambira, do HDT-UFT, alertou que as doenças cardiovasculares são as que mais levam os idosos a óbito e explicou os cuidados necessários para evitar danos à saúde. “A gente sempre monitora arritmias causadoras de acidente vascular cerebral, além de buscar manter glicemia, colesterol e pressão em níveis adequados, a fim de evitar complicações e risco de quedas devido à pressão baixa, por exemplo”, declarou.
Para trabalhar com a prevenção de quedas, incidente muito comum entre os idosos, que podem tanto gerar um novo problema de saúde, como piorar um quadro já existente, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Humap-MS), produziu recentemente um vídeo sobre prevenção de quedas. A iniciativa faz parte da Liga da Geriatria, um projeto de ensino desenvolvido pelos alunos de medicina da UFMS. "O público idoso requer um cuidado que pode ser considerado artesanal, visto que abrange uma diversidade de situações e necessidades. Todos eles merecem uma atenção especial, já que suas necessidades de cuidado são distintas”, explicou Marta Driemeier, geriatra do Humap.
Cuidados paliativos
O envelhecimento populacional traz consigo o desafio de oferecer uma assistência em saúde que vá além do tratamento de doenças, priorizando também a qualidade de vida. Nesse contexto, os cuidados paliativos se tornam fundamentais no acompanhamento de pessoas idosas, especialmente em situações em que não há perspectiva de cura. Essa abordagem busca aliviar o sofrimento, promover conforto e garantir dignidade, valorizando não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e sociais do paciente e de sua família.
Para a geriatra Marta Driemeier, do Humap, os cuidados paliativos são um diferencial no atendimento de pacientes idosos para que eles se sintam seguros e amparados. “Embora ainda modesto aqui no nosso hospital, percebemos que o serviço de cuidados paliativos já impacta significativamente o acolhimento de famílias que enfrentam a angústia de doenças sem perspectiva de cura. O objetivo é levar dignidade e alívio do sofrimento dos pacientes e seus familiares”, concluiu.
Escuta acolhedora
A consulta com um profissional de saúde, seja geriatra, nutricionista ou fisioterapeuta, requer uma escuta atenta e sensível, capaz de promover um espaço de acolhimento e compreensão para que o paciente saia de um estado de ansiedade e agitação e alcancem o bem-estar emocional. Foi o que aconteceu com o paciente José Afrodízio, de 65 anos, que há um mês faz tratamento de radio e quimioterapia contra um câncer de colorretal no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes HUPAA-Ufal, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal).
“Desde maio, eu frequento esse hospital para fazer consultas, exames e tratamento de quimio e radioterapia. Sempre recebi uma ótima assistência de todos, desde o pessoal do serviço de limpeza até a equipe médica. Já fiz exames no particular e são caríssimos, aqui tive tudo de graça pelo SUS e com atendimento de qualidade”, declarou.
Atendimento multiprofissional
Na Rede Ebserh, os cuidados com os pacientes idosos vão além de consultas com geriatras. No Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por exemplo, o tratamento dos idosos passa também por profissionais das áreas da Nutrição, Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional.
Para a chefe da Unidade Multiprofissional do HUPAA-Ufal, fonoaudióloga Conceição de Santana, a atuação da equipe multiprofissional, especialmente no âmbito da singularidade do cuidado, favorece um olhar integral, garantindo que todas as dimensões sejam abordadas.
“A equipe multiprofissional reforça a dignidade e o protagonismo do idoso no cuidado com sua saúde. A atuação fonoaudiológica direcionada aos idosos envolve várias funções essenciais à saúde e à qualidade de vida, especialmente em um momento em que o envelhecimento pode trazer diversas alterações sensoriais, motoras e cognitivas”, explicou a fonoaudióloga Conceição de Santana.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Suzana Gonçalves
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh