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PATRIMÔNIO IMATERIAL
Iphan entrega certificados de reconhecimento a bois-bumbás do Complexo Cultural do Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins
Foto: Júlia Mota
Parintins (AM), cidade a 466 quilômetros da capital Manaus e palco do Festival de Parintins, abriga muito mais que os bois Garantido e Caprichoso. A ilha tupinambarana concentra pelo menos outros sete bois-bumbás que, assim como o boi azul e o boi vermelho, são registrados como patrimônio cultural brasileiro e integram o Complexo Cultural do Boi-bumbá do Médio Amazonas e Parintins. Para formalizar esse registro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promoveu na tarde de sábado (28/06), no Auditório do Centro de Cultura e Memória de Parintins, um encontro desses bois e fez a entrega simbólica do certificado de reconhecimento dessas manifestações para a cultura brasileira.
Nhamundá (município vizinho da ilha) também levou seus boizinhos para a homenagem com a participação do boi-bumbá Filandinho, Mestrinho, Vitorioso e Estradinha. De Parintins, estiveram presentes para o reconhecimento o Boi-bumbá Mineirinho, Mirim Tupi, Mirim Estrelinha, Touro Branco do Mocambo, Espalha Emoção.
"É bom registrar que o pedido de reconhecimento partiu dos próprios detentores de Parintins e de outros municípios do Amazonas. São os grupos que estão nas escolas públicas, nas pequenas comunidades, nos pequenos municípios. Eles são a base. Eles são a verdadeira essência, porque sem eles não vai ter o futuro do boi, a salvaguarda do boi", afirmou o presidente do Iphan, Leandro Grass, se referindo aos bois mirins, que levam crianças e adolescentes a nutrir o amor pela cultura.
A solenidade, que acabou em festa de boi - como tudo na ilha -, contou com a participação do presidente do Iphan, da superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, da secretária municipal de cultura de Parintins, Rozenilce Santos, da presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, e do presidente do Fórum dos Secretários Municipais de Cultura do Amazonas, Maick Soares.
Beatriz Calheiro explicou que há encontros regulares com os detentores da cultura para a elaboração e execução de ações de salvaguarda. "O patrimônio imaterial não é aquilo que a gente pode pegar, mas é aquilo que a gente sente. As escolas precisam continuar fortalecendo a cultura popular. Os livros didáticos precisam continuar falando da nossa cultura, do nosso patrimônio, especialmente", disse.
Festival Folclórico de Parintins
O Festival Folclórico de Parintins – duelo de arena – é uma das formas de brincar de Boi-Bumbá que integram o Complexo Cultural do Boi-Bumbá do Médio Amazonas e Parintins, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2018. Além do espetáculo na arena, essa tradição também se manifesta no terreiro e na rua, por meio do Auto do Boi, com o enredo da morte e ressurreição do animal.
Referência nos estudos sobre o Boi, o Festival acontece anualmente na última semana de junho. Durante três noites, os bois-bumbás Garantido e Caprichoso se revezam em apresentações competitivas no Bumbódromo. A cada ano, cada boi define um tema central que orienta a narrativa e a estética de suas apresentações. O local se colore com as cores dos bois, e milhares de pessoas se dividem entre duas arquibancadas: a vermelha, do Garantido, e a azul, do Caprichoso. Enquanto isso, um corpo de jurados avalia as performances e decide quem será o grande campeão do ano.
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