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SAÚDE DO HOMEM
Profissionais do HU-UFSC/Ebserh marcam Novembro Azul com mutirão de cirurgias de próstata
O Departamento de Urologia da Unidade do Aparelho Urinário do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-UFSC/Ebserh), realizou um mutirão de cirurgias neste mês, marcando o Novembro Azul, dedicado ao combate ao câncer de próstata e à saúde do homem. Os procedimentos foram realizados no centro cirúrgico do hospital no dia 15.
De acordo com o urologista do HU, Roberto Lodeiro Müller, o objetivo foi causar um impacto positivo na fila dos pacientes que aguardam cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Participaram da campanha profissionais das áreas de Urologia, Anestesiologia, Enfermagem e Farmácia e a equipe administrativa e de apoio operacional.
“Foram atendidos onze pacientes que estavam em fila de espera para cirurgia no SUS, já com exames pré-operatórios completos e com a cirurgia autorizada pela Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina. Eles foram priorizados conforme tempo de espera cronológico e uso de sonda vesical, ou seja, pacientes já sondados cronicamente foram priorizados”, explicou.
No mutirão, foram realizadas ressecções de próstata e de bexiga, para o tratamento da hiperplasia benigna de próstata e tumor de bexiga. “Além disto, foi realizada uma cistoscopia flexível, um procedimento inédito no HU”, disse Roberto Müller, que é membro do Departamento de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia.
O urologista disse que o resultado foi positivo, pois a equipe conseguiu agilizar diversas cirurgias, dando andamento à fila de espera, ao mesmo tempo em que a campanha dá visibilidade ao tema do Novembro Azul, ressaltando a importância do diagnóstico precoce, dos cuidados e do tratamento para combate ao câncer de próstata.
Segundo ele, o HU-UFSC atende pacientes de todo o Estado de Santa Catarina, encaminhados dentro do Sistema de Regulação. “Oferecemos para estes pacientes avaliação, educação, aconselhamento, tratamento cirúrgico e medicamentoso, conforme o caso. Geralmente, atendemos malformações, cálculos (pedras), câncer, infecção urinária e diversas outras doenças que fazem parte do amplo espectro das doenças urológicas”, disse.
Preocupação com a saúde da próstata leva em conta histórico familiar
Müller explicou que os homens, de uma forma geral, devem começar a se preocupar com a saúde da próstata, ao redor dos 50 anos de idade, mas, em casos de histórico familiar de câncer de próstata ou outros fatores de risco, podem ser aconselhados a começar os exames de rastreamento mais cedo, por volta dos 45 anos.
“É importante notar que as diretrizes podem variar de acordo com a região e as recomendações médicas específicas. Em alguns casos, homens afrodescendentes podem ter um risco aumentado e podem ser aconselhados a iniciar os exames de rastreamento ainda mais cedo”, acrescentou o especialista.
Ele lembrou que o urologista é o especialista médico que trata de questões relacionadas ao sistema urinário e genital masculino, incluindo a próstata. Portanto, os homens devem procurar um urologista para discutir a necessidade de exames de rastreamento para o câncer de próstata e para receber orientações personalizadas com base em fatores como idade, histórico familiar e saúde geral.
O médico explicou, ainda, que os métodos de rastreamento comuns para o câncer de próstata incluem o exame de toque retal e o teste de PSA (antígeno prostático específico). “No entanto, a decisão de realizar esses exames deve ser tomada em consulta com um profissional de saúde, considerando os riscos e benefícios associados a cada método”, acrescentou.
O tratamento para o câncer de próstata pode variar com base em vários fatores, incluindo o estágio do câncer, a agressividade da doença, a saúde geral do paciente e as preferências individuais. “O tratamento específico dependerá da avaliação individual do paciente pelos profissionais de saúde. É importante que os pacientes discutam suas opções e tomem decisões informadas com a orientação de seus médicos. O tratamento muitas vezes envolve uma abordagem multidisciplinar, com diferentes modalidades sendo combinadas para otimizar os resultados”, disse.
Sobre a Rede Ebserh
O HU-UFSC faz parte da Rede Ebserh desde 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Os tratamentos comuns para o câncer de próstata
1. Observação Ativa (Vigilância Ativa): Em alguns casos, especialmente quando o câncer de próstata é de baixo risco e não está se desenvolvendo rapidamente, os médicos podem optar por observar a doença sem iniciar tratamento imediato. Durante a observação ativa, o paciente é monitorado regularmente para detectar quaisquer mudanças no câncer.
2. Cirurgia: A prostatectomia radical é uma opção cirúrgica comum para o tratamento do câncer de próstata. Envolve a remoção da próstata e, em alguns casos, dos gânglios linfáticos próximos. A cirurgia pode ser realizada de várias maneiras, incluindo cirurgia aberta tradicional, cirurgia laparoscópica ou cirurgia robótica.
3. Radioterapia: A radioterapia utiliza radiações de alta energia para destruir as células cancerígenas. Pode ser administrada externamente (radioterapia externa) ou internamente (braquiterapia), onde fontes radioativas são colocadas diretamente na próstata.
4. Terapia Hormonal: O câncer de próstata é muitas vezes dependente de hormônios masculinos, como a testosterona, para crescer. A terapia hormonal, também chamada de terapia de deprivação androgênica, visa reduzir os níveis de testosterona ou bloquear seus efeitos no câncer de próstata.
5. Quimioterapia: Em estágios mais avançados do câncer de próstata, a quimioterapia pode ser usada para destruir as células cancerígenas ou controlar seu crescimento. No entanto, a quimioterapia não é frequentemente a primeira opção para o câncer de próstata e pode ser reservada para casos mais avançados.
6. Imunoterapia e Terapias-alvo: Avanços recentes na pesquisa do câncer têm levado ao desenvolvimento de terapias imunológicas e terapias-alvo para o tratamento de câncer de próstata avançado.