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Os farmacêuticos na linha de frente: um trabalho essencial para gestão racional de medicamentos e segurança do paciente
O papel da equipe da farmácia (farmacêuticos, técnicos de farmácia, administrativos e auxiliares) no ambiente hospitalar é indispensável. A pandemia tem exigido que os profissionais trabalhem de forma ainda mais coesa, integrando suas condutas para garantir que tudo funcione da melhor maneira possível.
Tendo em vista que os medicamentos são instrumentos de intervenção essencial nos pacientes graves e precisam de um amplo processo de controle até serem administrados. Eles percorrem um grande caminho para cumprirem seu objetivo. Esse percurso inclui a rotina hospitalar e clínica dos farmacêuticos e suas equipes que vai desde a aquisição de insumos; seleção de medicamentos; distribuição efetiva dos medicamentos nas unidades de internação; orientação sobre preparo, armazenamento, ajustes de aprazamento e acompanhamento do processo de administração junto a equipe de enfermagem; garantia do uso racional dos medicamentos com monitorização de efetividade e segurança, bem como orientações para o usuário, equipe e familiares sobre a farmacoterapia instituída até o manejo de possíveis eventos adversos relacionados aos medicamentos junto ao paciente e à equipe de assistência do usuário.
“A nossa maior alegria é fazer com que o medicamento seja um mero adjuvante, enquanto necessário, na vida dos pacientes. Nossa meta é que eles possam restabelecer suas atividades diárias e usufruir das coisas que mais amam. ”, relata a farmacêutica Priscila Guimarães, que atua no Setor de Farmácia Hospitalar do CHC-UFPR/Ebserh.
Antes da pandemia, sempre existiram muitas demandas para as equipes de farmácia em todas as esferas de atenção à saúde, incluindo Unidades de Terapia Intensiva. Porém, a vivência dentro de uma UTI Covid é bem diferente e muito mais intensa do que os profissionais já eram acostumados. A carga e o ritmo de trabalho, bem como a exigência de preparo físico e emocional, são muito maiores.
“Quando saio do hospital parece que ainda estou lá, e quando volto parece que eu nem sai. Respirar o ar puro às vezes ajuda a colocar para fora o que vai “congestionando a minha respiração” ao longo do dia, até que tudo comece novamente. Porque eu posso fazer isso, mas eles ainda não conseguem recuperar o fôlego sem a nossa ajuda”.
Apesar dos desafios impostos pela pandemia, as equipes se mantêm firmes em seu propósito de oferecer a melhor assistência e a busca incessante pela cura de seus pacientes, além do tratamento humanizado e extrema sensibilidade e gentileza, que também fazem toda a diferença durante o tratamento.
“Monitoro os parâmetros de efetividade e segurança da farmacoterapia proposta. Se um paciente não está tão bem, eu o tranquilizo, digo que ele não está sozinho e que nós cuidaremos de tudo que for possível para que ele fique confortável e tenha tudo que precisa para melhorar. Explico que tem um monte de gente comemorando cada avanço e individualizo os incentivos de acordo com a melhora de cada um” – conta Priscila.