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Tratamento com óxido nítrico dá destaque à unidade neonatal
A hipertensão pulmonar persistente em recém-nascidos é uma condição que, em casos mais agudos, pode matar o bebê por falta de oxigenação nas células. Nesses casos mais extremos, o coração simplesmente não tem força suficiente para trocar o sangue que chega aos pulmões. É o momento em que a diferença entre a vida e a morte do bebê pode ser o tratamento com óxido nítrico, um gás que ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e facilitar o trabalho do coração.
O Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), desde o ano passado, dispõe de um equipamento para realizar o tratamento com óxido nítrico na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin).
A neonatologista Andrea Lube explica que a hipertensão pulmonar do feto é comum durante a gestação, mas isso deve acabar logo quando o bebê vem à luz. A hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido - como a doença é cientificamente chamada - ocorre, na maioria das vezes, quando o bebê aspira o mecônio, que é a excreção do feto no líquido amniótico.
O óxido nítrico aumenta a chance de sobrevida do bebê. De acordo com um trabalho publicado pela Sociedade Iberoamericana de Neonatologia, cerca de 60% dos bebês conseguem responder ao tratamento e se recuperam da hipertensão.
O Hucam neste mês usou o tratamento pela primeira vez na Utin. O gestor do Sistema Único de Saúde no Espírito Santo encaminhou o recém-nascido de outro hospital para o Hucam exatamente por conta do equipamento.
Referência no tratamento de gestantes de alto risco, a Utin do Hucam recebe sobretudo bebês que nascem na própria unidade.