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ATENDIMENTO
HC-UFPE/Ebserh passa a contar com Ambulatório de Visão Subnormal
Recursos ópticos (como lupas, telescópios e óculos de lentes de alto grau), entre outros, são utilizados
Uma pessoa com visão subnormal (baixa visão) enxerga de forma parcial (abaixo de 80% da sua capacidade) e não teve nem terá a possibilidade de melhora, mesmo tendo realizado um tratamento (com óculos, medicamentos, lentes ou cirurgias, por exemplo). Para essas pessoas, o Hospital das Clínicas da UFPE abriu, em junho deste ano, o Ambulatório de Visão Subnormal, que tem como objetivo ajudar a promover a readequação, explorando a potencialidade residual da visão delas. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O ambulatório é coordenado pelo oftalmologista Ricardo Vieira Alves, especialista no assunto, e atende os pacientes triados no próprio Serviço de Oftalmologia do HC (e que antes eram atendidos em outros ambulatórios), nas terças-feiras, das 14h às 19h. “Nosso objetivo é a reinclusão das pessoas com baixa visão, oferecendo recursos de magnificação (a ampliação de objetos a serem visualizados), elaborando laudos e promovendo a orientação das pessoas sobre os direitos a benefícios sociais, assim como a materiais adequados em escolas e readequação das atividades laborais”, explica Ricardo Vieira Alves.
Os sintomas mais comuns da baixa visão são a dificuldade para realizar atividades cotidianas, dificuldade de leitura, não conseguir visualizar detalhes, visualizar manchas no centro da visão, entre outros. A visão subnormal afeta pessoas de todas as idades e pode ser causada por acidentes no olho e doenças que afetam córnea, cristalino, retina e nervo óptico (como glaucoma, toxoplasmose ocular, catarata e catarata congênita, entre outras). Estimativas indicam que 1,7% das pessoas (cerca de 3,6 milhões) no Brasil apresentam baixa visão.
Recursos ópticos (como lupas, telescópios e óculos de lentes de alto grau entre outros) e com recursos não ópticos (como distanciamento/aproximação do objeto a ser visualizado, iluminação apropriada, caracteres aumentados em material impresso etc.) ajudam a adequar a visão das pessoas. “Todas essas medidas vão depender do grau da deficiência visual que pode ser leve, moderada ou severa, que é o estágio próximo da cegueira ou a própria cegueira”, relata oftalmologista Ricardo Vieira Alves, que destaca a importância de uma equipe multiprofissional composta por terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos para o cuidado com os pacientes com deficiência severa. "Nosso objetivo é contar com uma equipe dessa no futuro", revela.
A abertura do Ambulatório de Visão Subnormal amplia a oferta de subespecialidades dentro do Serviço de Oftalmologia do HC. “Agora contamos com todas as áreas da Oftalmologia, o que oferece muitas opções aos nossos pacientes. Temos especialistas em retinoblastoma (tumor intraocular), em neuro-oftalmologia e mais recentemente com genética e visão subnormal, entre outros”, relata a chefe do Serviço de Oftalmologia do HC-UFPE, Isabel Lynch.
(Texto: Unidade de Comunicação Social HC-UFPE/Ebserh)