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JANEIRO ROXO
HUJM-UFMT promove evento sobre a hanseníase
Campanha Janeiro Roxo chama atenção para a hanseníase - Foto: Banco de imagens (Freepik)
O primeiro mês do ano chama atenção para a conscientização da hanseníase, problema de saúde pública notificada com mais de 19 mil casos em todo o Brasil entre janeiro e novembro de 2023, segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. Revestida pela cor roxa, a campanha alerta sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces.
Mato Grosso é o estado brasileiro com maior incidência da doença. Em 2023, foram registrados 3.927 novos casos, o que representa um aumento de 76,2% com relação ao ano anterior. O Hospital Universitário Júlio Müller, da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT) é referência para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento da hanseníase e, no próximo dia 24, realiza a campanha “Janeiro Roxo: Hanseníase, Mitos e Verdades”.
A programação terá início às 8h, com a transmissão de um “podcast” via Teams, e seguirá ao longo do dia com diversas intervenções in loco em vários setores do hospital.
Saiba mais sobre a hanseníase
Atingindo os nervos periféricos, a hanseníase é causada pelas bactérias Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis (formato de bacilo). Os sintomas mais presentes da doença são a perda de sensibilidade, força das mães e pés, e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele. A contaminação ocorre por meio das gotículas de mucosa oral e nasal (espirro, tosse) a partir do contato com pessoas que estão com a doença, mas não estão em tratamento, especialmente com as formas multibacilares, ou seja, quando o indivíduo possui múltiplos bacilos. Ao perceber algum desses sinais, é preciso procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para os testes de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa.
Segundo a médica Letícia Cavalcante, hansenóloga HUJM-UFMT, o diagnóstico precoce é a principal medida para evitar as sequelas que a hanseníase pode gerar.
Com o diagnóstico, o tratamento é feito gratuitamente pelo SUS, seja por meio da UBS ou dos serviços especializados, com medicamentos que combinam três substâncias antimicrobianas (clofazimina, rifampicina e dapsona). Nos pacientes sem bacilos viáveis (quantidade rara), o tratamento é previsto para seis meses. Para os casos multibacilares, é feito por um ano. É fundamental ressaltar que quando o tratamento é iniciado o paciente não transmite mais a doença.
Saiba mais: janeiro com ênfase na hanseníase
Além da campanha Janeiro Roxo, o mês reforça a conscientização sobre a doença com as datas do Dia Mundial contra a Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro, e, no calendário de saúde brasileiro, com 31 sendo considerado como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (Lei nº 12.135/2009).
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Júlio Müller da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde novembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.