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SEGURANÇA DO PACIENTE
Ação orienta sobre risco do estoque de medicamentos perigosos
Com foco nas metas de Segurança do Paciente, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) montou uma “força-tarefa” reunindo membros do Núcleo de Segurança do Paciente, Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente, Divisão de Enfermagem e Setor de Farmácia Hospitalar, com o objetivo de orientar sobre os riscos associados à manutenção de eletrólitos concentrados nas unidades de internação e pronto-atendimentos. A ação foi realizada na última quinta-feira (1), e deve ser mantida como rotina.
Os profissionais da assistência à saúde foram orientados e os medicamentos Cloreto de Potássio 19,1%, Cloreto de Sódio 20%, Gluconato de Cálcio 10% e Sulfatos de Magnésio à 10% e 50% foram removidos, sendo mantidos, exclusivamente, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, Alojamento Conjunto e Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia (PAGO) o Sulfato de Magnésio 50%, e o Gluconato de Cálcio 10% nos carros de parada, pois podem ser utilizados no tratamento de urgências das pacientes de Ginecologia e Obstetrícia.
"Medicação sem danos” é o tema do Terceiro Desafio Global de Segurança do Paciente da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, segundo o chefe do Setor de Farmácia Hospitalar, Armando Jorge Junior, ações de orientação são fundamentais, pois vão ao encontro das finalidades básicas da instituição, o aprimoramento profissional e a segurança dos pacientes atendidos.
“Pensando nisso, a união das equipes em prol do cuidado ao paciente é de grande importância, uma vez que deve existir a compreensão de que ações como esta possuem o objetivo único de propiciar ambientes mais seguros. Já que erros relacionados à medicamentos podem trazer graves problemas à saúde", comentou Armando.
Medicamentos potencialmente perigosos
De acordo com orientações do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISPM), “medicamentos potencialmente perigosos são aqueles que apresentam risco aumentado de provocar danos significativos aos pacientes em decorrência de falha no processo de utilização. São também denominados medicamentos de alto risco ou medicamentos de alta vigilância. Os erros que ocorrem com esses medicamentos não são os mais frequentes, porém suas consequências tendem a ser mais graves, podendo ocasionar lesões permanentes ou a morte”.
Ainda segundo o ISMP, "os erros de medicação, de forma geral, correspondem a 30% dos erros em hospitais e na atenção primária são considerados o principal incidente que leva a eventos adversos, principalmente em crianças e idosos. Erros de medicação e processos inseguros envolvendo o uso de medicamentos estão entre as principais causas de danos associados ao cuidado em saúde em todo o mundo".
As ações de orientação sobre o estoque e armazenamento desses medicamentos, bem como sua remoção dos setores de internação (sobretudo, eletrólitos concentrados como o Cloreto de Potássio 19,1%), também são uma demanda do Projeto Paciente Seguro, do qual o HU-UFGD é participante.
Grupo de Trabalho
Para elaboração do elenco e respectivas quantidades máximas dos medicamentos que poderão estar disponíveis nas unidades assistenciais, está sendo montado um Grupo de Trabalho, composto por profissionais farmacêuticos e enfermeiros. “É outra ação que mostra a importância da interação entre as equipes”, finalizou o chefe do Setor de Farmácia Hospitalar.