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Síndrome Mão-pé-boca volta a provocar surtos em Goiás e afeta crianças
A Síndrome Mão-pé-boca foi motivo de preocupação em maio após divulgação da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás que confirmou 14 cidades goianas com surtos. A doença é uma forma de manifestação do Enterovírus, mais comum do tipo coxsackie A16, e corriqueira entre crianças de até 5 anos. Por ser um vírus, os sintomas surgem e desaparecem sozinhos dentro do período de 7 dias, sem maiores complicações.
O médico infectopediatra Paulo Sérgio Sucasas, professor titular do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Goiás, afirma que a doença é benigna. Mas em caso de suspeita, é importante levar a criança para avaliação com profissional de saúde. Por isso, é indispensável estar atento aos primeiros sinais como febre, mal-estar e falta de apetite.
“Sintomas mais específicos, como o surgimento das lesões, começam pela boca, indo para mãos e pés, e até nádegas em alguns casos”, aponta Sucasas, que ainda esclarece que a doença não possui tratamento antiviral específico, por isso, em casos identificados, o tratamento é sintomático, principalmente com o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e hidratação intravenosa em caso de desidratação.
Em nota, a Secretária de Saúde de Goiânia, apresenta que, para ser informada a ocorrência de surtos, é necessário identificar três ou mais casos interligados. Diante disso, é recomendado que, aos primeiros sinais, os pais comuniquem à instituição de ensino e mantenham os filhos em casa até o desaparecimento dos sintomas. Paulo Sucasas esclarece que a melhor medida de prevenção e controle em caso de surto da doença é a higiene das mãos, tanto das crianças quanto de cuidadores.
“Existem variações na intensidade das lesões”, alerta o especialista, “bem como casos mais graves da doença, mas que são raros e que não devem ser razão de alarde ou preocupação”, tranquiliza o médico. Ainda assim, é importante estar sempre atento aos sintomas mais comuns da síndrome mão-pé-boca e ter a higiene das mãos como aliada na prevenção. Em caso de suspeita, deve-se levar a criança ao posto de atendimento mais próximo e notificar a instituição de ensino, bem como a Secretária de Saúde quando identificados 3 ou mais casos relacionados.
Texto: Mariana Naves (estagiária de Jornalismo)
Revisão: Thalízia Cruvinel (chefe da Unidade de Comunicação Regional 27)