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HOMENAGEM
Dia do Fisioterapeuta: conheça o importante papel deste profissional no contexto hospitalar
Neste 13 de outubro é comemorado o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, data que representa a criação destas profissões, sancionada pela Lei nº 13.084.
E o HC-UFG, vinculado à Rede Ebserh, homenageia estes profissionais que atuam no dia a dia das suas atividades, chegando a atender uma média de 2.500 pacientes por mês, distribuídos em diversas especialidades como Acupuntura e as fisioterapias: Dermatofuncional, Esportiva, do Trabalho, Neurofuncional, Cardiovascular, Oncológica, Respiratória, Traumato-Ortopédica, em Osteopatia e em Quiropraxia, na Saúde da Mulher, em Saúde Coletiva e em Terapia Intensiva.
Conforme explica a fisioterapeuta Thays Cândida Flausino Belchior, do Ambulatório de Reabilitação Cardiopulmonar do HC-UFG, devido ao quantitativo expressivo de especialidades e a diversidade de perfis que existe no hospital, a fisioterapia da instituição tem reabilitado diversos pacientes. “Desde patologias respiratórias, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), fibrose cística, bronquiectasia), cardiológicas (insuficiência cardíaca congestiva, pré e pós-cirúrgicas cardíacas), ortopédicas (pré e pós-operatório de cirurgia, lombalgia, fibromialgia), até neurológicas (AVC, Parkinson, Esclerose Múltipla), Saúde da Mulher (incontinência urinária e fecal), oncológica (mastectomias)”.
De acordo com Belchior, o fisioterapeuta que trabalha no contexto hospitalar atua na promoção e recuperação da saúde de pacientes acometidos por diferentes enfermidades. “O fisioterapeuta perpassa desde o pré-operatório cirúrgico, atuando na educação e conscientização sobre técnicas respiratórias e motoras que irão prevenir acometimentos no pós-operatório, até pessoas com quadros de complexidade mais grave, em atendimento na UTI”.
E completa: "O fisioterapeuta, portanto, possui uma atuação que vai além da reabilitação após acidentes e traumas, sendo essencial na prevenção de lesões graves e na promoção da saúde. Entre os importantes papeis desempenhados por esse profissional, podemos citar a terapia realizada com pacientes com problemas respiratórios e pessoas que passam grandes períodos internadas em hospitais, como em UTIs, bem como a melhoria da qualidade de vida de crianças, jovens, adultos e idosos, com ações que reduzam problemas musculares e de coluna”.
De acordo com o Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84 e Lei 8.856/94, a Fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, traumas e doenças adquiridas. Cabe ao profissional fisioterapeuta, com formação acadêmica superior, diagnosticar os distúrbios cinéticos funcionais, prescrever as condutas fisioterapêuticas, acompanhar a evolução do quadro clínico funcional do paciente e avaliar as condições de alta do serviço.
Para a fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional Adulto do HC-UFG, Suyá Santana Ferreira Alves, o profissional da fisioterapia no contexto hospitalar assume importância decisiva para garantir a funcionalidade e qualidade de vida.
“O fisioterapeuta realiza o diagnóstico cinético-funcional, traça um plano de tratamento fisioterapêutico adequado com o objetivo de evitar os efeitos deletérios do repouso prolongado no leito, estimular o retorno mais breve às atividades físicas diárias, manter a capacidade funcional, devolver a confiança do paciente, reduzir o impacto psicológico como ansiedade e depressão, reduzir complicações pulmonares, aumentar a oportunidade da alta precoce e melhorar a qualidade de vida do paciente”, ressalta Suyá.
FISIOTERAPIA NA SAUDE DA MULHER E NAS UTIS NEONATAL E ADULTO
No HC-UFG, a fisioterapia atua em apoio aos cuidados com a Saúde da Mulher com destaque para trabalhos de fisioterapia do assoalho pélvico, no atendimento a incontinências urinária e anal e dores pélvicas; na maternidade, no atendimento a gestantes, facilitando o trabalho de parto, aliviando dores e melhorando edema em membros inferiores; e na mastologia, atendendo a pacientes que tiveram câncer de mama, melhorando os problemas que podem surgir em membros superiores, além de prevenir e tratar linfedema, conforme explica a fisioterapeuta Eliceia Márcia Batista, que atua no Ambulatório de Fisioterapia do Assoalho Pélvico.
Na UTI Neonatal, a Fisioterapia faz parte da assistência multiprofissional com a promoção de um ambiente melhor para os neonatos, por meio de técnicas que estimulem a percepção sensorial e minimizem os estímulos nocivos deste ambiente.
Conforme explica a fisioterapeuta Andrea Cavalcante de Aguiar Pires, da UTI Neonatal do HC-UFG, são utilizados procedimentos e manuseios que incentivam o desenvolvimento sensório-motor do bebê, além de corrigir posicionamentos inadequados e orientar os pais com relação à estimulação precoce.
Ela fala que o fisioterapeuta proporciona a estimulação tátil, vestibular, proprioceptiva, visual e auditiva, por meio de atividades motoras precoces, alongamentos e posicionamentos que resultam num melhor desenvolvimento motor, com prevenção da síndrome do imobilismo e regulação do tônus muscular.
“O fisioterapeuta neonatologista contribui para o sucesso na resolução das afecções pulmonares que acometem o período neonatal, aperfeiçoando a função pulmonar, de modo a facilitar a troca gasosa e minimizar as complicações respiratórias decorrentes da própria prematuridade e da ventilação mecânica. Enfim, a intervenção do fisioterapeuta visa diminuir a mortalidade e morbidade dos recém-nascidos internados nas UTIs Neonatais, com aumento da qualidade de vida dos neonatos e seus familiares”, destacou.
Já para a fisioterapeuta Lília Pinheiro Siqueira, especialista em Fisioterapia Intensiva, que atua na UTI Adulto do HC-UFG, o processo de reabilitação do paciente adulto é global e envolve os sistemas respiratório, neurológico, musculoesquelético (parte motora), dentre outros. “O paciente é tratado como um todo. É preciso trazer de volta a sua funcionalidade. Para isso, seguimos um pacote de medidas visando reduzir o tempo de internação na unidade. Promovemos um despertar mais precoce, a gente faz com que o paciente se sente, se levante, caminhe, faça exercícios com peso, com caneleiras e treinamento muscular respiratório”.
Siqueira ressalta que o trabalho da fisioterapia na UTI é um trabalho reconhecido e comprovado e que na UTI Adulto são 7 fisioterapeutas que atuam 24 horas por dia.
Ela conta, ainda, que a avaliação é global e destaca a importância do trabalho do fisioterapeuta, não só como apoio aos tratamentos, mas para a redução de custos: “Verificamos a questão muscular, se tem muito edema. Se preciso, aplicamos técnicas manuais de drenagem linfática e também para aliviar a tensão muscular. Muitas vezes o paciente pode ter limitação na respiração por encurtamento muscular. Então, a manipulação do músculo pode gerar uma melhora na biomecânica muscular, que vai refletir em outras funções, com melhora da circulação, da parte ventilatória, além de outros benefícios. Livre do oxigênio, o paciente pode ter uma alta precoce, gerando também menos despesas para a família e para o hospital. Muitos estudos comprovam que a incidência de delirium pode ser diminuída com a mobilização precoce, ou seja, fazendo fisioterapia”, concluiu.
VENCENDO A OBESIDADE
Leila Maria de Araújo, 53, natural de Senador Canedo (GO), chegou ao HC-UFG para fazer tratamento em 2016, com obesidade mórbida. Ela conta que nunca fez atividade física até então, atingindo 170 quilos.
Muito debilitada e sem esperança com seu estado de saúde, Leila lembra que foi logo acolhida no hospital. Fui atendida pela dra. Marina, Nutricionista, passei pela psicóloga e fui para a fisioterapeuta, dra. Thays, para poder passar pela cirurgia bariátrica com o dr. Francisco. Foi todo um processo que me levou ao emagrecimento”.
Ela fala da dificuldade de realizar a fisioterapia e da superação. “Tinha dores, dificuldade na respiração, mas a dra. Thays teve muita paciência comigo. Os exercícios eram complexos e eu tinha que dar o melhor de mim. Ela me incentivava e motivava, juntamente com a equipe”, recorda.
“Para operar eu consegui perder 50 quilos. Atualmente, peso 92 e faço academia. Eu só tenho a agradecer a toda a equipe do HC. Foi uma experiência maravilhosa. Eu cheguei com fraqueza nas pernas e dor nos joelhos. Agora não sinto mais nada. Eu fui incentivada a praticar exercícios e fui muito bem orientada. Eu amei!”, relata Leila Araújo, feliz com a nova condição física e com a saúde readquirida.