Polícia Federal cumpre mandados em investigação de incêndio criminoso em mata do Bosque da Ciência do Inpa

Nesta quinta-feira (20), a Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Escudo Verde’ para combater os crimes de incêndio florestal e degradação ao Bosque da Ciência,  espaço de visitação pública do  Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na operação, mas ninguém foi preso.

A Direção do Inpa acionou a Polícia Federal em setembro de 2024 para investigar os incêndios em áreas de vegetação pertencentes ao Inpa e em seu entorno, que fazem parte da Área de Proteção Ambiental Manaós (APA Manaós). A ação de um homem flagrado ateando fogo na mata próxima ao muro do Bosque, no bairro Petrópolis, foi gravada em vídeo que circulou pela imprensa e redes sociais, e também por imagens capturadas por câmeras de segurança do Inpa. 

Conforme nota da Polícia Federal no Amazonas, o suspeito investigado na operação poderá responder pelo crime de provocação de incêndio em floresta ou outras formas de vegetação e degradar floresta, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98). A pena pode chegar a  quatro anos de prisão.

O diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, ressalta a importância da continuidade das investigações. “Para a comunidade interna do Inpa, as comunidades do entorno do Bosque que nos apoiam e colaboram com a proteção do fragmento florestal, assim como para a sociedade em geral, é muito importante saber que as investigações sobre as causas e responsáveis dos incêndios criminosos tenham prosseguido e tido um desdobramento na direção da identificação dos agentes perpetrantes”, destaca o diretor.

Importante parque verde urbano de Manaus, o Bosque presta serviços inestimáveis para a educação ambiental e popularização da ciência na cidade. O Bosque oferece ainda outros benefícios, como os  os serviços ecossistêmicos que contribuem para a qualidade do ambiente da cidade e diretamente para o bem-estar e saúde dos seus 120 mil visitantes anuais. “Assim, é necessário ter garantida a proteção e a integridade do Bosque pelos poderes constituídos”, reforça Pereira.