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Espeleoturismo sustentável: Parque Nacional da Furna Feia é aberto à visitação
- Foto: Acervo
O Parque Nacional da Furna Feia foi oficialmente aberto à visitação. Os turistas interessados em conhecer a Caverna Furna Nova e a paisagem da Caatinga potiguar poderão agendar visita diretamente com a equipe do parque. Localizado entre os municípios de Baraúna e Mossoró, no Rio Grande do Norte, o local abriga 207 cavernas já conhecidas em seu interior, além de outras 44 localizadas em sua zona de amortecimento, consolidando-se como uma área estratégica para a conservação do ambiente subterrâneo e de seus ecossistemas associados.
A abertura da unidade de conservação federal foi oficializada durante uma cerimônia realizada na última sexta-feira (27) e contou com a participação de representantes do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), do parque, além do governo estadual e municipal, incluindo municípios vizinhos que possuem cavernas como futuros atrativos turísticos.
“É um marco histórico para nós, estou muito emocionada com o dia de hoje. Nós sonhávamos muito com isso, ainda enquanto deputada federal e senadora, participei dessa luta por tornar o parque um local para o turismo. Essa é uma área muito especial para nós porque aqui há um conjunto de cavernas belíssimo, além de toda a riqueza da biodiversidade da Caatinga. O Governo do Estado permanecerá nessa parceria com o ICMBio, ICMBio/Cecav, Ministério do Meio Ambiente e prefeituras para consolidar esse território. Tenho certeza de que o Rio Grande do Norte está ganhando mais um polo turístico”, afirmou a governadora do estado, Fátima Bezerra, durante a cerimônia de abertura.
Segundo a prefeita do município de Baraúna, Divanize Oliveira, a abertura do parque à visitação é o resultado de um importante trabalho interinstitucional. “Somamos esforços junto ao ICMBio para que fosse possível a realização desse sonho. O parque vai trazer a Baraúna ainda mais desenvolvimento, isso é o futuro do nosso município”, afirmou.
Para conhecer o parque, os turistas deverão preencher um formulário de agendamento e o acompanhamento de um condutor é obrigatório. Durante o passeio, os visitantes também terão a oportunidade de passar por comunidades locais e conhecer o Turismo de Base Comunitária (TBC). Ao todo, são 11 comunidades que valorizam a conservação, biodiversidade, cultura e a história regional e local. O local estará aberto de terça a domingo.
Segundo a gestora do parque, Lúcia Guaraldo, a expectativa é que o TBC na região se fortaleça ainda mais. “Para as comunidades, o Programa TBC vai ter um giro bom, com agendamentos de visitas constantes. Além disso, a tendência é ampliar suas atividades e o número de participantes. Acreditamos que haverá um fortalecimento no turismo de aventura, e o espleoturismo complementará o turismo sol e mar, com a biodiversidade e a formação geológica do sertão do Rio Grande do Norte”, afirmou a chefe.
A previsão é de que em breve outras cavernas possam receber turistas, é o que afirma o analista ambiental e chefe da base do ICMBio/Cecav no Rio Grande do Norte, Diego Bento: “elaboramos o Plano de Manejo Espeleológico da Furna Nova e estamos providenciando o de outras duas cavernas, que futuramente também serão abertas à visitação, que são o Abrigo do Letreiro e a Furna Feia. Além dos recursos direcionados para várias pesquisas no parque, também investimos na elaboração dos projetos arquitetônicos de estruturas de facilitação da visitação nas três cavernas: Furna Nova, Abrigo do Letreiro e Furna Feia. O que está sendo feito aqui é único no Brasil. Estamos começando a visitação turística com cavernas com Plano de Manejo Espeleológico aprovado, estruturas de apoio à visitação projetadas especificamente para cada caverna, com materiais adequados e plano de instalação, avaliação prévia e monitoramento contínuo. Além disso, os condutores locais foram devidamente capacitados em espeleoturismo, incluindo aulas teóricas e práticas em segurança e primeiros socorros em cavernas e áreas remotas. É a situação ideal, e bem diferente do que geralmente ocorre, pois geralmente as cavernas são visitadas, de forma irregular, e somente depois se corre atrás da regularização do turismo, geralmente depois de uma fiscalização ou de ação judicial, ou do Ministério Público”, afirmou.
O analista Diego conta, ainda, que entre os planos futuros, está o lançamento do Roteiro de Turismo Regional Integrado – Rota CaveRNas, previsto para agosto. “O material reunirá patrimônios espeleológicos e arqueológicos em um roteiro que se integra aos demais atrativos já existentes na região, ampliando a oferta turística do Rio Grande do Norte, além de favorecer a geração de renda e a conscientização ambiental", afirmou.
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável relacionado:

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Com informações do Parque Nacional da Furna Feia
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