Notícias
SEGURANÇA PÚBLICA
Lewandowski destaca ação coordenada que levou à prisão de líder criminoso na Bolívia: “Vitória contra o crime organizado”
Foto: Isaac Amorim/MJSP
Brasília, 19/05/2025 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificou como uma “vitória importante do governo brasileiro contra o crime organizado” a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foragido de alta periculosidade, capturado na Bolívia e já entregue à Justiça brasileira. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19), em Brasília (DF), com a presença do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e do secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Valdecy Urquiza.
Segundo o ministro, a operação internacional foi complexa e também envolveu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Itamaraty, além das autoridades bolivianas. Lewandowski explicou que, diante do risco de fuga e da gravidade dos crimes atribuídos ao foragido — que incluem tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa — o governo brasileiro optou por negociar a expulsão imediata do criminoso da Bolívia, em vez de seguir o processo tradicional de extradição.
“Essa foi uma operação extremamente complexa, conduzida com rapidez e cooperação. Tivemos o apoio do Itamaraty, das autoridades bolivianas e da Polícia Federal, que atuou com competência e agilidade”, afirmou.
O ministro destacou ainda que a ação reflete o avanço da cooperação internacional no enfrentamento ao crime organizado. “Hoje, o crime não é mais local, nem apenas interestadual. Ele é global. Por isso, o combate precisa envolver todas as forças de segurança, em níveis municipal, estadual, federal e internacional”, completou.
Atuação integrada e tecnologia de ponta
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, explicou que a operação se baseou em três eixos: cooperação internacional, identificação biométrica em tempo real e integração das forças de segurança brasileiras.
Rodrigues destacou que o criminoso foi identificado na Bolívia por meio de inconsistências documentais, rapidamente confirmadas por dados biométricos compartilhados entre a PF e a Interpol. Em seguida, a Bolívia efetuou a prisão, e a entrega foi feita em Corumbá (MS). O preso foi conduzido pela PF a Brasília, onde está custodiado em presídio federal.
“Essa integração entre as nossas forças de segurança e os mecanismos internacionais foi essencial. E esse tipo de operação é cada vez mais comum. Só neste ano, já realizamos mais de 40 grandes operações com as forças integradas de combate ao crime organizado”, afirmou Rodrigues.
Cooperação regional
A Interpol apoiou a operação desde o início, com informações constantes nos bancos de dados internacionais e com a identificação biométrica do foragido, inserido na Lista de Difusão Vermelha da instituição desde 2020.
O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, elogiou a atuação das autoridades brasileiras e bolivianas e reforçou a importância da ação coordenada entre países para enfrentar o avanço das organizações criminosas transnacionais.
“Hoje, essas organizações criminosas atuam cruzando fronteiras para cometer crimes, esconder líderes e movimentar recursos ilícitos. Por isso, a resposta precisa ser global, integrada e rápida”, disse Urquiza.
Leia também: