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Produção leiteira
MDA cria grupo de trabalho para enfrentar desafios e fortalecer a produção de leite da agricultura familiar
Foto: Romulo Nascimento
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) instituiu, por meio da Portaria nº 55, de 22 de outubro de 2025, o Grupo de Trabalho da Cadeia Leiteira da Agricultura Familiar (GT-Leite), criado para articular medidas emergenciais e estruturantes de apoio ao setor. A iniciativa surge em um momento de atenção especial à cadeia do leite, diante de oscilações de mercado, altos custos de produção e perda de competitividade dos pequenos produtores, fatores que afetam diretamente a renda e a permanência das famílias no campo.
O Grupo terá o papel de elaborar diagnósticos e propor medidas estruturantes que ampliem a sustentabilidade econômica, ambiental e produtiva da cadeia leiteira, com ênfase em crédito, comercialização, industrialização local e fortalecimento das cooperativas familiares. As ações pretendem garantir condições mais estáveis de produção e comercialização, valorizando o leite como um dos pilares da agricultura familiar no Brasil. Inicialmente, o grupo irá trabalhar por 30 dias, prorrogáveis por igual período, apresentando, ao final, um relatório com recomendações e propostas ao ministro Paulo Teixeira.
A composição do colegiado inclui seis representantes do MDA, entre eles a Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia (SAF), responsável pela coordenação, a Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar (SEAB), a Secretaria Executiva, a Assessoria Especial do Gabinete do Ministro e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vanderley Ziger, a iniciativa reforça o papel do MDA na construção de políticas públicas atentas às demandas da agricultura familiar. “A cadeia do leite é uma das mais importantes da agricultura familiar, presente em todos os estados e essencial para a segurança alimentar das comunidades rurais. Este grupo será um espaço de construção conjunta, ouvindo quem está na ponta da produção e transformando as demandas das famílias em ações concretas que garantam renda, estabilidade e valorização do produtor familiar de leite”, destacou Ziger.
Além dos membros oficiais do MDA, o GT-Leite será um espaço aberto à colaboração de movimentos sociais, cooperativas, instituições de pesquisa, governos locais e entidades de formação profissional. A divulgação da lista de organizações tem o propósito de ampliar a participação e inspirar novas adesões, fortalecendo a construção coletiva de políticas para o setor.
Composição do Grupo de Trabalho da Cadeia Leiteira da Agricultura Familiar (GT-Leite)
Convidados de instituições e organizações parceiras
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Leite) – Glauco Carvalho, Pesquisador
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – Guilherme Souza Dias, Assessor Técnico
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) – Fernando Pinheiro, Analista Técnico e Econômico
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) – Sandra Bonetti, Secretária de Meio Ambiente
Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil ·(CONTRAF) - Elizandro Paulo Krajczy, Coordenador Estadual – Paraná
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – Adelar José Pretto, Dirigente
União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES Paraná) – Adair Alves, Vice-Presidente
Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) – Bruno Meireles Leite, Coordenador-Geral de Produção Animal
Câmara dos Deputados/ Núcleo Agrário – Jelton Francisco Fernandes, Assessor Técnico
Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ/USP) – Rodrigo Maule, Pesquisador e Valter Bianchini, Consultor
Representantes dos produtores rurais: Edvaldo Vasconcellos, Fábio Henrique de Barros Pimentel, Fábio Luis Cabral do Nascimento Pinto e Mateus Ferrari Ananias