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Semana da Sociobiodiversidade discute manejo do pirarucu e extrativismo
Evento reuniu ministra do Meio Ambiente e comunidades envolvidas no manejo do pirarucu e extrativismo - Foto: Divulgação/Ibama
Brasília/DF (09/09/2025) – A 2ª Semana da Sociobiodiversidade, realizada em Brasília (DF) de 1º a 5 de setembro, cujo tema foi Fortalecendo Economias Sustentáveis, Pessoas, Culturas e Gerações, contou com participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de mais de 450 lideranças indígenas, povos e comunidades tradicionais extrativistas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais e outros grupos envolvidos em cadeias produtivas como a do açaí, da castanha, da borracha e do manejo do pirarucu.
Coordenado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Pela Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem), o evento integrou desenvolvimento econômico, preservação da biodiversidade – valorizando os conhecimentos tradicionais e reconhecendo a interdependência entre conservação dos ecossistemas –, equidade social e responsabilidade ambiental.
Na ocasião, houve a 14ª Reunião do Coletivo do Pirarucu, grupo do qual o Ibama faz parte. Dois momentos importantes do evento ocorreram na sede do Instituto, nos dias 3 e 4 de setembro, reforçando o papel da autarquia na articulação interinstitucional para o fortalecimento do manejo sustentável da espécie.
Discussão sobre PSA e segurança dos territórios
No dia 3 deste mês, uma reunião entre representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de diversas instituições discutiu uma proposta de pagamento por serviços ambientais (PSA) aos manejadores de pirarucu, reconhecendo seu papel na conservação da Amazônia. A ministra Marina Silva esteve presente e destacou a importância do trabalho das comunidades locais e reconhecendo a necessidade de um apoio maior do governo no manejo sustentável da espécie.
Durante a tarde, o debate se concentrou na necessidade de aprimoramento da fiscalização e da vigilância comunitária nas áreas manejadas, considerando as crescentes ameaças do garimpo ilegal e do narcotráfico, realidades que colocam em risco a segurança dos manejadores e a continuidade do manejo do pirarucu nos territórios.
Nesse dia, participaram das discussões, além do Ibama, representantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Reivindicações e fortalecimento do Programa Arapaima
No dia 4, uma comitiva do Coletivo do Pirarucu foi recebida pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para reunião e entrega de uma carta de reivindicações. O documento destaca a importância do Programa Arapaima, do Instituto, criado em fevereiro deste ano, e solicita seu fortalecimento com ações mais efetivas de fiscalização e vigilância nas áreas manejadas.
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