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Operação Maravalha apreende quase 7 mil m³ de madeira ilegal no Pará
Ibama, ICMBio e Força Nacional atuam de forma conjunta em Rurópolis (PA) - Foto: Divulgação/Ibama
Santarém/PA (17/10/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Força Nacional, iniciou neste mês nova fase da Operação Maravalha, no município de Rurópolis (PA), com o objetivo de combater o desmatamento e o comércio ilegais de madeira na região, que contém dezenas de serrarias suspeitas de receber matéria-prima procedente de terras indígenas e unidades de conservação federais.
Em uma semana de operação, os agentes flagraram diversas indústrias madeireiras em situação irregular, sem licença ambiental e com estoques de madeira sem origem legal comprovada. Também foram identificados pontos clandestinos de armazenamento de toras, sem qualquer identificação, utilizados para ocultar grandes quantidades de madeira ilegal.
Até o momento, as equipes identificaram dois locais de ocultação, contendo cerca de 630 toras, o que corresponde a aproximadamente 1.825 m³ de madeira, material que está sendo inutilizado, conforme prevê a legislação ambiental. Além disso, os agentes identificaram sete serrarias operando ilegalmente, o que resultou na apreensão de aproximadamente 4.300 m³ de toras e 823 m³ de madeira serrada.
Parte da madeira apreendida está sendo destinada a órgãos da administração pública, conforme os procedimentos legais de destinação. Diversas multas foram aplicadas pelo Ibama até o momento, relacionadas a infrações ambientais como funcionamento sem licença, depósito de madeira ilegal e prestação de informações falsas.
A gerente regional do ICMBio na Amazônia, Carla Lessa, afirma que a fiscalização de irregularidades nas unidades de conservação do Pará permanecerá ocorrendo de forma ininterrupta. "Há previsão legal tanto para o exercício de quaisquer atividades econômicas quanto para os usos permitidos em nossas reservas extrativistas e florestas nacionais, que prezam por modalidades sustentáveis. A prática ilegal e degradadora do meio ambiente, seja na extração da madeira ou na mineração, será efetivamente combatida", ressalta. O coordenador da operação, Luciano Silva, comentou que o apoio das demais instituições foi fundamental para o êxito da operação. “O ICMBio disponibilizou uma base e prestou apoios operacionais, enquanto a Força Nacional garantiu a integridade dos agentes”, exemplificou.
A Operação Maravalha reforça o compromisso do Ibama com o combate ao desmatamento ilegal e à exploração predatória dos recursos florestais na Amazônia, contribuindo para a preservação do patrimônio ambiental brasileiro e com o fortalecimento da fiscalização ambiental na região Norte.
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