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Ação de educação ambiental do Ibama aborda o uso de agrotóxicos em comunidades indígenas do MS
Ação foi marcada por intensas trocas de saberes e experiências sobre os efeitos dos agrotóxicos no corpo humano - Foto: Erika Lopez/Ibama/MS
Campo Grande/MS (22/10/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, entre os dias 14 e 17 de outubro, a Ação de Educação Ambiental: Sensibilização sobre o Uso de Agrotóxicos em quatro comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. A iniciativa, promovida pela equipe de Educação Ambiental do Ibama/MS, teve como objetivo estimular o diálogo e a reflexão sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde humana, no meio ambiente e na cultura local.
As atividades ocorreram nas aldeias Guassuty (Aral Moreira), Te’yikue (Caarapó), Guyraroká (Caarapó) e Taquara (Juti), e incluíram oficinas educativas, rodas de conversa, dinâmicas participativas e vivências agroecológicas.

- Comunidades indígenas do MS recebem Ibama em ação de Educação Ambiental sobre Agrotóxicos - Foto: Erika Lopez/Ibama/MS
Em Guassuty, a oficina foi realizada na Escola Polo Municipal Indígena Arandu Renda Guarani/Kaiowá e reuniu 51 participantes, entre representantes da Funai, DSEI/Sesai, Iagro e Embrapa. Durante o encontro, foram discutidos temas como o uso inadequado de embalagens de agrotóxicos e a importância do resgate de práticas culturais ancestrais como forma de fortalecimento comunitário.
Na comunidade Te’yikue, além das atividades na Escola Municipal Indígena Ñandejara Polo, a equipe técnica visitou nascentes e córregos indicados pelos próprios participantes. Os locais foram identificados como áreas de preocupação ambiental e poderão integrar um futuro projeto de restauração ecológica, com foco na recuperação de recursos hídricos e na promoção da saúde ambiental.
Em Guyraroká, o diálogo foi marcado por trocas de saberes e experiências sobre os efeitos dos agrotóxicos no corpo humano, com destaque para os sintomas crônicos associados ao uso prolongado dessas substâncias. A partir das reflexões coletivas, surgiu a proposta de uma ação de reflorestamento comunitário, voltada à recuperação de áreas degradadas e ao fortalecimento da relação da comunidade com a natureza.
Encerrando a programação, a Aldeia Taquara, em Juti, recebeu a oficina com ampla participação da comunidade local. A liderança mobilizou os moradores e ofereceu apoio logístico, incluindo alimentação para os participantes. As atividades incluíram vivência agroecológica, entrega de mudas e materiais educativos, reforçando o engajamento da comunidade na busca por alternativas sustentáveis ao uso de agrotóxicos, como a criação de uma associação voltada à produção de alimentos agroecológicos.
Além das ações educativas, a iniciativa resultou na elaboração de diagnósticos participativos em cada aldeia, permitindo identificar os principais desafios enfrentados, os conflitos locais, os parceiros atuantes e, sobretudo, as soluções e forças internas reconhecidas pelas próprias comunidades. Esses diagnósticos servirão de base para futuras ações de educação ambiental e para o fortalecimento da autonomia indígena frente aos impactos do uso de agrotóxicos.
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