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Rede de Desenvolvimento do Esporte vai aumentar a prática de atividades físicas e esportivas pela população
A Rede vai mapear estruturas em todo o país para serem utilizadas como base do desenvolvimento de projetos em prol da saúde da população brasileira. Foto: Ronaldo Caldas/MEsp
Lançada nesta sexta-feira (03), com a assinatura de um decreto presidencial, a Rede de Desenvolvimento do Esporte vai mapear as estruturas, equipamentos esportivos, escolas, centros sociais e de saúde, em todo o país, para serem utilizados como base para o desenvolvimento de projetos em prol da saúde e do bem-estar dos brasileiros e brasileiras por meio do esporte. Organizações esportivas privadas, que já atuam em suas regiões, também serão incentivadas a desenvolver projetos no âmbito da Rede. Os ministérios do Esporte, Saúde, Educação e Desenvolvimento Social trabalham em conjunto desde o início do ano na construção da política pública.
Após identificados e analisados os equipamentos esportivos, profissionais, gestores, jovens e outras lideranças regionais serão capacitados em todas as dimensões do esporte e de outras políticas públicas para auxiliarem no desenvolvimento dos projetos da Rede em todo o país. A política lançada nesta sexta-feira é fundamentada na interação interministerial. A Rede de Desenvolvimento do Esporte foi criada e apresentada ainda durante a transição de governo pela ex-ministra Ana Moser, que contou com a aprovação do presidente Lula para a construção dessa política social do esporte no GT de transição.
De acordo com o ministro do Esporte, André Fufuca, “o esporte é um grande facilitador do desenvolvimento de políticas públicas fundamentais para o nosso país nas áreas de saúde, educação, cidadania e tantas outras áreas”, analisou. Para Fufuca, “a Rede de Desenvolvimento do Esporte oficializa o que o ministério já vem fazendo na prática, que é unir as forças do Governo Federal para levar dignidade e uma vida saudável a todos os brasileiros, principalmente àqueles que residem em regiões de vulnerabilidade social”.
Ao Ministério da Saúde caberá, por exemplo, articular as ações relacionadas ao esporte e práticas de atividades físicas nas estratégias e programas da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS); apoiar a integração dos agentes de mobilização para o esporte e para a atividade física com as equipes de saúde atuantes nos territórios e nas localidades; e disponibilizar dados referentes à prática esportiva e de atividade física pela população, obtidos por meio das bases do SUS.
"Quando falamos em promoção da saúde da população, precisamos envolver uma série de fatores, saúde não é um setor isolado. Por isso, ações transversais como essa, em uma estratégia interministerial, são fundamentais. A Rede de Desenvolvimento do Esporte significa mais saúde para os brasileiros, incentivo e condições de uma vida saudável, além de inclusão social, melhorias da condição de vida, dignidade, cidadania, combate às desigualdades. Esse olhar integrado é prioridade no governo do presidente Lula", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Ao Ministério da Educação cabe promover a integração entre as iniciativas de educação integral e o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, na rede de ensino pública municipal, estadual e do Distrito Federal. O MEC ainda busca fortalecer a implementação da Educação Física como componente curricular obrigatório; estimular a formação inicial e continuada dos profissionais de Educação Física; disponibilizar estatísticas educacionais, entre outras medidas.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social vai disponibilizar informações sobre as situações de vulnerabilidade e risco social mapeadas pela Vigilância Socioassistencial e promover a integração da Rede SUAS (Sistema Único de Assistência Social) com os núcleos locais da Rede de Desenvolvimento do Esporte.
“A rede do Sistema Único de Assistência Social, integrando os 3 níveis de governo, conta com cerca de 12.000 pontos de atendimento direto, com CRAS, CREAS e Centro Pop, e ainda mais cerca de 24.000 unidades de acolhimento, sendo cerca de 3.000 unidades públicas e outras 21.000 unidades da sociedade civil, que cuidam de crianças, adolescentes, adultos e idosos, em situação de vulnerabilidade. Assim, e com base no Cadastro Único, com base neste Decreto que institui a Rede de Desenvolvimento Social, vamos priorizar quem mais precisa na política de melhorar e ampliar espaços para prática esportiva nas mais variadas modalidades e para todas as idades. E integrar com outras políticas sociais e da promoção da dignidade, disse o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
A implementação da Rede ocorrerá de forma gradativa e será estruturada, inicialmente, em projetos-piloto, em quantidade a ser estabelecida em ato do ministro do Esporte.
Ministério do Esporte