Presidente Lula e ministra Ana Moser participam do 59° Congresso da União Nacional dos Estudantes

Com o tema “Por uma universidade do tamanho da América Latina”, acontece em Brasília, de 12 a 16 de julho, o 59° Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). No segundo dia de evento, em cerimônia ocorrida no Ginásio Nilson Nelson, estiveram presentes o presidente Lula, a primeira dama Janja, a ministra do Esporte Ana Moser, o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, o ministro da Educação, Camilo Santana, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Uma carta de reivindicações sobre melhorias na educação foi lida e entregue ao Governo Federal.

Melhorias no Ensino Superior, como a retomada de obras, aumento no número de professores e servidores, pagamento de bolsas estudantis, incentivo maior à pesquisa, e mais moradias estudantis, além de reforço no Programa Universidade para Todos (Prouni) e no Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) foram alguns dos pedidos dos estudantes. A revogação do novo Ensino Médio e a ampliação da Lei de Cotas também foram solicitadas.

“Temos muitos desafios na construção do Brasil. E seguimos resistindo, estamos mais fortes. O orçamento da educação tem que ser prioridade. Precisamos de mais diversidade nas universidades, mais negros, indígenas e pessoas trans. A luta pela democracia é a luta para salvar as universidades do Brasil.”, esse foi um dos trechos da carta entregue ao presidente da República pela presidente da UNE, Bruna Brelaz.

Muito ovacionada pelo ginásio que estava lotado, ela continuou: “Vimos universidades públicas agonizando, com grandes cortes de verba, não pagamento de bolsas e desmoralização das nossas instituições. Vimos muitos abandonarem o sonho da faculdade, ou para trabalhar, ou por não conseguirem permanecer. O Prouni foi desmontado. Foi a Lei de Cotas que me garantiu entrar na universidade. Os estudantes querem um Brasil soberano e, se preciso, ocupamos as ruas. As universidades são a evolução do Brasil”, discursou a dirigente estudantil.

O presidente Lula elogiou pontos da carta e se comprometeu a ter empenho na educação. “Acho as reivindicações extraordinárias. Na democracia podemos viver a pluralidade e nos manifestarmos. O que motiva o ser humano é a nossa capacidade de ser melhor e ter uma causa. Acreditamos que dinheiro aplicado na educação é investimento. Vamos melhorar a qualidade de vida do nosso povo por meio do estudo. Vamos honrar e fazer mais universidades, nos reunir com reitores. Vamos colocar o pobre no orçamento da União”, afirmou.

Ao som de “A UNE somos nós, nossa força e nossa voz”, os estudantes aplaudiram os discursos dos ministros. “Desmilitarizamos as escolas brasileiras. A educação tem que libertar e abrir portas. Vamos aumentar as bolsas estudantis e reajustarmos os valores, melhorar a merenda escolar. O Fies e o Prouni são conquistas de vocês e um compromisso do MEC. Suspendemos o novo Ensino Médio. Nosso compromisso é construir a melhor educação para o Brasil”, disse Camilo Santana, ministro da Educação.

“Estamos em uníssono com as propostas do presidente Lula. São nas universidades que cerca de 90% da tecnologia se desenvolve no Brasil. A juventude nunca nos abandonou na luta pela reconstrução de um país melhor. Estamos fazendo e temos muito mais a fazer”, declarou Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Abarcando o tema da América Latina, o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, compareceu ao Congresso. “Essa é uma linda etapa da vida de vocês, em que têm a oportunidade de lutar por um mundo melhor. Estamos no continente mais rico do mundo e também o mais injusto. Todos temos que colaborar, cuidar da nossa democracia”, disse.

Assessoria de Comunicação - MEsp