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Novo local
Mudança do Serviço de Manipulação de Quimioterapia traz benefícios para pacientes e trabalhadores
Desde o final do mês de abril, o Serviço de Manipulação de Quimioterapia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) foi transferido para o segundo andar do hospital universitário, junto ao Ambulatório de Quimioterapia. A mudança de local agilizou o preparo dos quimioterápicos e trouxe melhorias no ambiente de trabalho.
O novo espaço oferece o dobro de área física, se comparado ao anterior, em funcionamento no subsolo do HUSM. Além de passar a contar com um consultório farmacêutico para atendimento dos pacientes, a manipulação e o preparo dos antineoplásicos – medicamentos usados na quimioterapia, no combate ao câncer – dispõe agora de duas cabines de segurança biológica classe II B2, com filtro absoluto e exaustão total, adequadas para a manipulação de quimioterápicos. No espaço físico anterior, a equipe do Serviço contava com apenas uma cabine de segurança biológica.
- A cabine de segurança biológica classe II B2 proporciona tanto a proteção do manipulador, quanto do meio ambiente e do medicamento que nós manipulamos. Esse tipo de cabine é constituída por um sistema de fluxo laminar unidirecional, projetado para criar uma área de trabalho isenta de contaminação externa, onde se manipula com segurança os medicamentos. Essas cabines garantem também que o medicamento preparado não contamine o manipulador e o meio ambiente. – explica a farmacêutica Vanessa da Costa Flores, chefe da Unidade de Farmácia Clínica e Dispensação Farmacêutica.
A equipe – formada por farmacêuticos, técnicos em farmácia, farmacêuticos residentes, bolsistas, estagiários e profissional terceirizado – relata que a proximidade com a sala de espera do Ambulatório de Quimioterapia reduziu o tempo de espera do paciente.
- Antes, era preciso que uma pessoa descesse para levar as prescrições dos pacientes ambulatoriais e outra voltasse, mais tarde, trazendo os medicamentos manipulados. Esse tempo de deslocamento não existe mais e agiliza os nossos processos de trabalho – afirma a farmacêutica.
Por mês, o serviço prepara cerca de 2 mil quimioterápicos para aplicação nos pacientes internados e ambulatoriais. O tempo de preparo dos medicamentos pode variar de 5 minutos a 1h, de acordo com as especificações técnicas de preparação de cada antineoplásico. A prescrição de antineoplásicos leva em consideração as particularidades clínicas de cada paciente, o diagnóstico e estadiamento da doença e o peso e altura do paciente.
Para dar ainda mais segurança no processo, o Setor da Tecnologia da Informação e Saúde Digital (STISD) auxiliou – recentemente – na padronização de rótulos impressos. A melhoria, que começou a ser implantada no início do ano, agora está incorporada ao serviço.
- Quando o farmacêutico faz a análise da prescrição, ele já confecciona o rótulo, com a identificação do paciente e dados do medicamento prescrito. Depois disso, o rótulo acompanha todo o processo de preparo da quimioterapia: desde a separação de materiais até a manipulação, propriamente dita. Esse rótulo é utilizado, posteriormente, na identificação do medicamento manipulado, sendo fixado ao mesmo. Após a aplicação do medicamento, o rótulo pode ser colado no prontuário do paciente – explica a farmacêutica.