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HU-UFSC oferece atendimento pelo SUS a pacientes com suspeita de Parkinson
HU-UFSC oferece atendimento na Doença de Parkinson - Foto: Banco de imagens
A doença de Parkinson tem sintomas motores específicos que compõem uma tríade: a lentidão de movimentos (bradicinesia), a rigidez muscular e o tremor de repouso. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial, com idade superior a 65 anos, tem a doença. No Brasil, são cerca de 200 mil pessoas.
O neurologista e preceptor da Residência Médica em Neurologia do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), André Dias, explica: “Parkinson é uma doença neurodegenerativa em que os neurônios produtores do neurotransmissor dopamina se degeneram de maneira progressiva, ao longo do tempo”.
“Os neurônios e neurotransmissores estão relacionados ao domínio sobre os movimentos do corpo e o processo de destruição dessas células nervosas ocorre em vários cantos do cérebro, especialmente na substância negra e nos núcleos da base do cérebro, o que leva ao surgimento de sintomas como tremores, lentidão e rigidez”, contextualiza o médico.
“Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células num ritmo mais acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença de Parkinson”, esclarece.
O médico diz que existem fatores genéticos e ambientais desconhecidos que causam a perda exagerada desses neurônios no decorrer do envelhecimento. “Como não se sabe a causa exata não há maneiras específicas de curar ou prevenir a doença. No entanto, como todas as doenças neurodegenerativas, estabelecer hábitos de vida saudável, com alimentação nutritiva e balanceada, atividade física regular e dormir bem são algumas práticas aconselhadas que podem ser benéficas”, adverte.
Os principais distúrbios neuropsiquiátricos na doença de Parkinson incluem distúrbios de humor, cognição e comportamento que podem ocorrer antes dos sintomas motores como a depressão e a ansiedade, ou mais tardiamente com a evolução da doença, como a apatia, a psicose e a demência. Alucinações visuais e distúrbios de impulso também podem ocorrer, seja pela doença ou como efeito colateral das medicações.
Ambulatório de Transtornos do Movimento
O Ambulatório de Transtornos do Movimento do HU-UFSC atende pacientes com Parkinson, com outros tipos de tremores e com distúrbios do movimento. Os atendimentos são realizados nas segundas-feiras à tarde, momento em que médico neurologista avalia em consulta o manejo medicamentoso de acordo com os sintomas do paciente, pois cada pessoa com a doença terá sintomas não motores e sintomas motores de grau e evolução de maneira individual e locais específicos do corpo.
O tratamento é feito com o objetivo de melhorar a mobilidade do paciente, assim como sua qualidade de vida. Além do tratamento medicamentoso, há orientação ao paciente, aos familiares e aos cuidadores em relação a própria evolução da doença, sugestão de adaptações para facilitar as atividades básicas do cotidiano e, quando preciso, encaminhamentos para fisioterapia, fonoaudiólogo e psicólogo, também realizados através do SUS.
Sobre a Ebserh
O HU-UFSC faz parte da Rede Ebserh desde 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.