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Segurança do paciente
Combate à sepse mobiliza funcionários do Hucam-Ufes
Colaboradores da Farmácia Clínica do Hucam recebem informações sobre novo protocolo de sepse do hospital
A sepse é a maior causa de morte em hospitais. Em Vitória, o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes), integrante da Rede Ebserh/MEC, promove todos os anos campanha para prevenir e combater a tempo a doença. Todos os anos, 11 milhões de pessoas morrem de sepse, número maior que todos os óbitos causados por covid-19 desde o início da pandemia até o mês de agosto de 2022.
Treze de setembro é o Dia Mundial da Sepse. Neste ano, no Hucam-Ufes, as ações educativas e melhorias de procedimentos para impedir e detectar a doença nos pacientes internados no hospital começaram desde o mês anterior. Palestras em auditórios e visitas aos postos de trabalho da equipe assistencial são parte das ações para levar informação sobre o novo Protocolo Institucional da instituição, que aprimora o atendimento ao usuário do SUS com base nas publicações científicas mais atualizadas.
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.
" A sepse é uma resposta extrema do corpo a uma infecção. É uma emergência em saúde com risco de vida e gera impacto social severo. A redução da mortalidade por sepse grave requer um processo organizado que garanta o reconhecimento precoce da sepse juntamente com a aplicação uniforme e consistente de práticas baseadas em evidências, por isso, não só uma nova versão do Protocolo Institucional contra sepse estará disponível para os profissionais, mas também a garantia do monitoramento e análise de indicadores de qualidade assistencial referentes ao tema", explicou Hilmara Maioli, chefe da Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente do Hucam-Ufes e integrante do grupo intitulado Time da Sepse, criado para promover o protocolo institucional contra a doença no hospital.
A data é uma oportunidade para aumentar a consciência pública para este problema de saúde pouco conhecido, mas também para mostrar apoio e solidariedade para com os milhões de pessoas que perderam seus entes queridos ou, como os sobreviventes da sepse, sofrem suas consequências de longo prazo e, ainda, lembrar ao público, à mídia, às autoridades de saúde nacionais e internacionais, aos profissionais de saúde, aos formuladores de políticas e aos governos, que há uma necessidade urgente de aumentar e melhorar a educação em nível local, regional, nacional e internacional.
Quem tem mais risco de adquirir sepse?
Prematuros; crianças abaixo de um ano; idosos acima de 65 anos; pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo; pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes; usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas. Mas, atenção: qualquer pessoa pode ter sepse.
Como a sepse pode ser diagnosticada?
Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão passando por uma infecção e apresentem febre, aceleração dos batimentos do coração (taquicardia), respiração mais rápida (taquipneia), fraqueza intensa e tonteiras e pelo menos um dos sinais de gravidade, como pressão baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou confusão (principalmente os idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico.
Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse?
Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias.
Tratamento:
As primeiras horas de tratamento são as mais importantes. Os pacientes devem receber avaliação adequada e culturas de sangue, bem como outras culturas de locais sob suspeita de infecção, devem ser colhidos em uma tentativa de detectar o agente causador da doença e iniciar antimicrobianos o mais rápido possível.
Fontes: Biblioteca Virtual da Saúde do Ministério da Saúde, Centro de Controle e Prevenção de Doenças Americano (CDC) e Institute for Healthcare Improvement (IHI)