Notícias
GOVERNANÇA E ESTRATÉGIA
Huap-UFF começa a construção de seu Plano Diretor Estratégico 2024-2028
A elaboração de um Plano Diretor Estratégico (PDE) permite a consolidação, em único instrumento, de todos os esforços que podem modificar a realidade dos processos de uma organização. Além disso, serve como objeto de transparência junto aos órgãos de controle e as partes interessadas, sendo a forma como a instituição se compromete em melhorar seus processos para efetivar a entrega de valor aos beneficiários dos serviços. Com esse intuito, o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF) começou a construção de seu PDE 2024-2028, em consonância com as necessidades de desdobramento das estratégias estabelecidas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), gestora do hospital fluminense.
De acordo com o chefe do Setor de Governança e Estratégia (Segov), Julio Cesar Ferreira, responsável pela coordenação da construção do documento, o processo conta com três fases destrinchadas em etapas. A primeira é o Direcionamento estratégico, que é dividido nas etapas de análise situacional, declaração da visão da instituição e identificação dos macroproblemas. “Na etapa de análise situacional é realizado o levantamento das percepções das partes interessadas quanto a realidade do hospital, sejam eles usuários, colaboradores, residentes, pesquisadores, o reitor e o secretário de Saúde da região, por meio de formulários com perguntas semiestruturadas”, explicou. Ele acrescentou que também é avaliado o desempenho do PDE anterior, a aderência aos padrões de qualidade do Programa Selo Ebserh de Qualidade, os achados de auditoria interna e externa, as manifestações na Ouvidoria, entre outros.
Em seguida, com os insumos coletados na etapa anterior, o Colegiado Executivo (Colex) estabelece a Visão Institucional para o período e os direcionadores estratégicos. Na última etapa da fase inicial, ainda segundo o gestor, são identificados os macroproblemas que impedem o hospital de contribuir com os objetivos estratégicos e o alcance da visão estabelecida. “Para a identificação foi programada a realização de oficina com as lideranças do Huap-UFF com objetivo de avaliar os assuntos associados aos sete temas do mapa estratégico: Assistência; Ensino; Pesquisa; Responsabilidade Ambiental, Social e Governança; Desenvolvimento Institucional; Sustentabilidade Financeira; e Desenvolvimento do Trabalhador”, continuou Julio. A discussão se dará em sete grupos que vão avaliar os insumos da primeira etapa, consolidar suas visões e propor de um a três macroproblemas por tema, que, posteriormente, serão apreciados pelo Colex do hospital.
A segunda fase é responsável pelo planejamento de indicadores e projetos, com as etapas de definição de indicadores e metas, definição de projetos locais e publicação do documento do PDE. “Após a definição dos macroproblemas a serem resolvidos ao logo de 2024 a 2028, o Colex deverá identificar as áreas que vão liderar o processo de resolução destes entraves”, disse o chefe do setor. Inicialmente, a liderança estabelecerá indicadores e metas, que vão permitir avaliar se determinada dificuldade está persistindo ou não, contando com assessoramento de uma equipe que tenha vinculação técnica com o assunto do macroproblema.
Posteriormente, será elaborado um projeto que busque impactar o desempenho do indicador e atinja a meta estabelecida, com entregas e tarefas claras e dentro de um cronograma exequível. Ao fim da segunda fase, o PDE 2024-2028 será consolidado num documento pelo Segov do Huap-UFF, enviado para deliberação do Colex e publicado ate 30 de abril de 2024. O documento será divulgado para a comunidade interna e disponibilizado no site do hospital.
A fase três diz respeito ao monitoramento, controle e replanejamento, desdobrado nas etapas de monitoramento de indicadores e projetos; gestão das mudanças; e encerramento do PDE. Conforme Julio Cesar, no decorrer da primeira etapa (da terceira fase) os gerentes de projeto e o Segov devem garantir a atualização das informações e devem monitorar os indicadores de desempenho e os riscos associados a cada projeto, provendo informações para a elaboração de controles sobre o atingimento das metas dos indicadores e objetivos do PDE.
Em seguida, tanto o gerente de projetos, Segov e o gestor do portfólio de indicadores e projetos do PDE devem desenvolver ações visando o tratamento de riscos e a proposição de mudanças necessárias ao andamento adequado do PDE conforme o cenário atual. “Por fim, deve-se avaliar o desempenho do PDE no decorrer de sua vigência, com análise das entregas realizadas, discussões sobre os resultados alcançados frente às metas pactuadas e lista dos benefícios e lições aprendidas”, esclareceu.
Construção coletiva
Todo o processo será participativo, segundo Julio, indo desde a análise situacional até a elaboração dos projetos locais, passando pela avaliação das lideranças e a deliberação do Colex. Além disso, desde o início, há um fluxo de endomarketing estabelecido junto com a Unidade de Comunicação Regional, com elaboração de materiais promocionais e mensagens via e-mail e rede social, com intuito de ampliar o conhecimento e participação dos interessados.
Para o gestor, o planejamento é fundamental para melhoria dos processos institucionais, sendo estabelecido por meio da escuta e participação ativa das partes interessadas, avaliando as condições atuais do ambiente interno e externo para que se possam priorizar as ações estratégicas, definindo os riscos associados e os controles internos necessários. “Além disso, é importante o entendimento de que um planejamento bem-feito, mas sem a execução efetiva, não serve para nada. Neste sentido vamos trabalhar em conjunto com os líderes dos projetos, com foco na execução do que está sendo construído, e realizar as devolutivas para comunidade no momento oportuno. Como diria Peter Drucker: A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”, concluiu.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF) faz parte da Rede Ebserh desde abril de 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Felipe Monteiro, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh