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EQUIPAMENTOS
Modernização de aparelho de ressonância magnética aprimora a assistência e o ensino
O Hospital Universitário está com seu equipamento de ressonância magnética modernizado. A máquina passou por um upgrade, estendendo sua vida útil por pelo menos em mais 10 ou 15 anos, ou seja, similar à compra de um novo equipamento, que teria um custo muito maior. O valor total investido foi de R$ 2.450.000,00.
Como explica o chefe do Setor de Engenharia Clínica do HU-UFJF/Ebserh, Guilherme Costa, a ressonância magnética é um equipamento de alta tecnologia que gera imagens nítidas sem depender de radiação ionizante. “Nosso setor de imagem é um dos poucos na região 100% SUS, atendendo toda a população da macrorregião de Juiz de Fora com nível de qualidade adequado para que os pacientes que passam por aqui possam ter o devido prosseguimento de seus tratamentos com nosso apoio”, afirma.
A sala onde é realizado o exame também passou por mudanças, ficando com um ambiente bem mais agradável para o paciente, transmitindo muito mais tranquilidade e acolhimento. “Importante lembrar que o ambiente também influi no tratamento e recuperação – e para a própria equipe houve uma considerável melhoria, pois o ambiente ficou muito mais claro e adequado para a interação com o paciente e a máquina, muito mais rápida na aquisição de imagens”, comemora Guilherme Costa.
Thamiris Reina, física médica da Unidade de Diagnóstico por Imagem do Hospital Universitário, compartilha a mesma informação de que a ressonância magnética produz exames de alta complexidade, sendo a única 100% SUS da região. Segundo a profissional, o equipamento realiza imagens diagnósticas para diversas patologias neurológicas, ortopédicas, abdominais, cervicais e cardíacas. “Por se tratar de uma modalidade de diagnóstico por imagem que produz imagens planares e volumétricas de tecidos moles com altíssima eficiência, é essencial para diagnosticar esclerose múltipla, tumores no cérebro e na glândula pituitária, infecções no cérebro e nas articulações, infecções na medula espinhal, lesões nos ombros, tendinite, derrame em estágio inicial, ligamentos rompidos no pulso, joelho e tornozelo”, esclarece.
Além disso, reforça Thamiris, por ser um hospital de ensino, a ressonância magnética é essencial para as residências médicas, especialmente em diagnóstico por imagem e radiologia.
Para o supervisor do Programa de Residência Médica do HU, Vinícius Marcos, o aprimoramento (upgrade) da ressonância magnética implicará em benefícios para a assistência, bem como para o ensino e a pesquisa. “Com um diagnóstico por imagem mais preciso, teremos a possibilidade de desfechos mais favoráveis, com condutas clínicas alinhadas aos trabalhos científicos mais recentes”, assegura.
Equipamentos de ressonância magnética são atualmente indispensáveis para a boa prática médica em hospitais de maior complexidade como o HU-UFJF, pontua Vinícius. Segundo o médico, “um aparelho com maior qualidade de imagem, como o que está sendo instalado, permite não só aos residentes do programa de radiologia e diagnóstico por imagem, como aos residentes das diversas áreas clínicas e cirúrgicas, uma melhor atividade diária na assistência, acarretando um diagnóstico mais assertivo e, consequentemente, um tratamento de excelência aos pacientes, nosso objetivo maior”.
O superintendente do HU-UFJF/Ebserh, Dimas Araújo, afirma que a modernização do equipamento é de grande valia para a assistência e de extrema importância para os programas de residência, impactando o ensino e a pesquisa.
Trabalho em equipe
O processo de upgrade necessitou de uma equipe multidisciplinar, para contemplar todas as necessidades de adequação e para que tudo ocorresse da forma mais segura e eficiente possível. Foram envolvidos os Setores de Engenharia Clínica, de Infraestrutura Física, de Administração e a Unidade de Diagnóstico por Imagem. O processo foi iniciado em setembro de 2019 e estendeu-se durante todo o ano de 2020, sendo concluído em março de 2021.
Ficaram, do equipamento antigo, o magneto, que é a parte principal da ressonância, e algumas peças fundamentais. Já a troca envolveu mesa de exames, bobinas, que são espécie de antenas que captam o sinal da imagem, computadores, interfaces elétricas e eletrônicas de funcionamento e formação de imagem.