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HC-UFTM propicia pós-parto mais humanizado e seguro, com RPA obstétrica
O Hospital de Clínicas da UFTM inicia o mês de setembro com uma novidade para pacientes que deem à luz na instituição. Entrou em funcionamento, no dia 1.º, a sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) exclusiva para o pós-parto. A criação desse novo espaço, adjacente ao Bloco Cirúrgico, possibilita que a mãe e o bebê estejam juntos desde os primeiros minutos após o nascimento.
“A RPA obstétrica é um avanço importante em termos de humanização, pois aumenta a segurança e conforto da puérpera e do recém-nascido. Mulheres que realizem cesariana ficarão em observação nesta sala em torno de duas horas. No caso de parto normal, uma hora. Esse período é precioso para fortalecer o vínculo entre mãe e filho, o contato pele a pele, bem como para o estímulo da amamentação”, avalia a ginecologista e gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM, Andreia Duarte de Resende.
Antes da criação da RPA obstétrica, a observação da puérpera acontecia na RPA geral, enquanto o bebê seguia para a ala de Ginecologia e Obstetrícia. “Evitar essa separação é valorizar a chamada hora de ouro, que são os primeiros 60 minutos de vida do neonato. Esse é o momento em que ele está mais ativo, depois fica sonolento. É a ocasião ideal para iniciar o aleitamento e prevenir a hipotermia por meio do contato com o corpo da mãe”, complementa a enfermeira Jacqueline Faria.
O espaço conta com assistência multiprofissional prestada por pediatra, obstetra, anestesista (nos casos em que houve cesariana) e equipe de enfermagem. São três leitos e três berços, em área de 29 m². De acordo com o chefe da Unidade Materno Infantil do HC, Caetano Galvão Petrini, essa estrutura é suficiente para absorver com segurança a demanda de partos que a instituição historicamente realiza.
Segundo Petrini, o fluxo de atendimento dessas pacientes inclui avaliações a cada trinta minutos por parte do obstetra, nas duas primeiras horas após o parto. “Essa frequência visa a prevenir eventos adversos relacionados a sangramentos, que constituem a segunda principal causa de morte materna no Brasil. Do ponto de vista do ensino, por sua vez, a participação do aluno de graduação ou do residente nesse cuidado pós-parto é essencial para a formação desses profissionais”, destaca.
Com a criação da RPA obstétrica, o Hospital de Clínicas alinha-se, ainda, a uma diretriz estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, pois essa estruturação é uma das etapas para implantação do chamado check list do parto seguro, estimulado internacionalmente como medida preventiva contra a morte materna e infantil durante o nascimento.
Unidade de Comunicação HC-UFTM