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SEGURANÇA OCULAR
No HC-UFMG, USOST e Cipa promovem ação sobre o uso dos óculos de proteção
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Belo Horizonte (MG) – “Quem é o maior responsável pela sua segurança?” Essa frase foi o mote da ação alusiva ao Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (27 de julho), realizada no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A iniciativa foi da Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST) e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa), com o objetivo de conscientizar os profissionais da saúde sobre os riscos biológicos enfrentados durante a assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e tendo como destaque a importância do uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs), em especial dos óculos de proteção.
Durante a atividade, realizada no hall de entrada do HC-UFMG, trabalhadores, estudantes e preceptores foram convidados a sentar-se e posicionar os olhos como se fossem fazer um exame oftalmológico. As lentes dos óculos de proteção foram afixadas em uma caixa com imagens coladas no fundo. Enquanto o participante tentava olhar a paisagem, um líquido vermelho era borrifado em direção aos olhos, causando um grande susto. A partir desse momento, os organizadores passaram a orientar os participantes sobre o procedimento adequado após o contato com a secreção ou sangue: lavar os olhos imediatamente; preencher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) do profissional e da fonte; encaminhar, por meio da chefia, o acidentado para o pronto-atendimento e solicitar exames médicos, além de orientar o profissional a procurar o serviço de Saúde do Trabalhador (DAST ou USOST) para fazer a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
No fluxo normal de atendimento, os exames ficam prontos em cerca de 40 minutos, com as respostas “reagente” e “não reagente” para o material coletado. Na simulação, os participantes podiam escolher um envelope que continha as respostas “reagente” ou “não reagente”. Caso fosse “reagente”, o participante lia o resultado positivo para, por exemplo, HIV, hepatite B ou sífilis e os organizadores davam esclarecimentos e orientações, entregando um copinho de comprimidos fictícios para simbolizar o uso do coquetel. Felizmente, por se tratar de uma simulação, o copinho continha confetes e não comprimidos.
Ao término, os participantes foram convidados a olhar dentro de outra caixa que continha um espelho e a frase indicando quem é o maior responsável pela segurança. Além disso, foi entregue o Fluxo de Atendimento, com o objetivo de garantir que todos estejam cientes dos procedimentos a serem seguidos em caso de emergência. De modo geral, os participantes demonstraram surpresa com a dinâmica proposta e ficaram sensibilizados para o uso dos EPIs, principalmente dos óculos de proteção, pois foi fundamental para garantir a segurança e a integridade física durante a ação.
A USOST e a Cipa esperam que essa experiência ajude a reforçar a importância do uso de EPIs e de adotar medidas preventivas para garantir a segurança no ambiente de trabalho. Pois, no HC-UFMG, dentre os riscos mais comuns, destacam-se os biológicos que apresentaram maior incidência de acidentes, totalizando 17 casos entre janeiro e junho de 2023. Esses riscos podem estar presentes em diversas situações, como o contato com fluidos corporais.
Óculos de Proteção: um EPI essencial para a segurança dos profissionais da saúde
Os óculos de proteção atuam como uma barreira contra riscos biológicos. Quaisquer óculos de proteção podem ser utilizados, desde que possuam lentes incolores e ofereçam uma proteção adequada contra respingos e partículas volantes. É importante lembrar que os óculos de proteção não são o único equipamento que garante a segurança e a integridade dos profissionais da saúde. Nesse sentido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que os trabalhadores adotem as medidas, conhecidas como “Precaução Padrão”, visando garantir a segurança e evitar contato com sangue, secreções e excreções. As medidas são:
- Higienização das mãos com água e sabonete ou com álcool 70%, antes e após o contato com qualquer paciente; após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções.
- Uso de luvas é recomendado apenas em situações em que haja possibilidade de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. As luvas devem ser calçadas imediatamente antes do contato com o paciente e retiradas logo após o uso, com a devida higienização das mãos em seguida.
- Uso de óculos, máscara e/ou avental em situações que envolvam possíveis riscos de contato com sangue ou secreções. Esses equipamentos protegem as mucosas dos olhos, boca e nariz, além de garantir a segurança das roupas e do corpo.
- Descarte adequado de seringas e agulhas em recipientes apropriados, sem desconectá-las ou reencapá-las e garantindo a segurança dos profissionais da saúde e da equipe de limpeza.
É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos e adotem essas medidas de precaução padrão para garantir a segurança de todos os envolvidos no cuidado dos pacientes. A USOST e a Cipa reforçam a importância dessas práticas e ressaltam que a prevenção é a melhor forma de evitar riscos e assegurar a qualidade do atendimento.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Andreia Pires, com revisão de Felipe Monteiro
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh
Tags: hc-ufmg; usost; cipa; prevenção; segurança; risco biológico;
Fotos: USOST e Cipa alertam os profissionais do HC-UFMG sobre os riscos biológicos e a importância de utilizar os equipamentos de proteção