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MEJC alerta para o teste do pezinho, gratuito e obrigatório
Uma furadinha que não dói e essencial para salvar vidas. O teste do pezinho é um exame obrigatório realizado em todos os recém-nascidos, normalmente a partir do 3º dia de vida, e faz parte da triagem neonatal e testes preventivos que investigam diversas doenças. Todo bebê que nasce no Brasil tem o direito de realizar gratuitamente essa triagem e na Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), vinculada à Rede Ebserh, são realizados em média 230 testes por mês, possibilitando o diagnóstico de algumas doenças genéticas e metabólicas e, uma vez sendo identificadas, o tratamento pode ser iniciado precocemente, evitando complicações e promovendo a qualidade de vida das crianças.
O Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado no dia 6 de junho, tem como meta informar à população os objetivos do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a importância da realização do teste e sua obrigatoriedade para todos os recém-nascidos. Com esta simples coleta é possível identificar precocemente: Hipotireoidismo Congênito (HC), Fenilcetonúria (PKU), Doença Falciforme (DF), Aminoacidopatias (AA), Fibrose Cística (FC), Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) e Deficiência de Biotinidase (BIO).
No dia 26 de maio uma nova lei foi sancionada para ampliar para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nova lei, o exame passará a abranger 14 grupos de doenças. Essa ampliação ocorrerá de forma escalonada e caberá ao Ministério da Saúde estabelecer os prazos para implementação de cada etapa do processo.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que existem entre 6 e 8.000 doenças raras no mundo. Destas, apenas 4% contam com algum tipo de tratamento e 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade, principalmente por conta do diagnóstico tardio.
No Brasil, estima-se que 13 milhões de pessoas tenham alguma doença rara, sendo 75% delas crianças.
Para a pediatra neonatologista da MEJC, Anna Cristina Barreto, o teste do pezinho ampliado vai permitir a redução da mortalidade infantil.
“Através do teste conseguimos detectar precocemente algumas doenças antes mesmo que elas manifestem sintomas. Isso permite que possamos iniciar a investigação complementar e dá início ao tratamento, evitando assim, o óbito da criança e a instalação de sequelas”, afirma.
A pequena Maria Cecília, em seu terceiro dia de vida, realizou o teste do pezinho na MEJC e o pai João Robério se diz confiante em voltar para casa com o teste realizado.
“Feliz por ter a oportunidade de sair da maternidade com o teste do pezinho, me sinto mais seguro em levar minha filha casa, saber que ela está bem, está saudável”, comenta.
Como é feito
O teste do pezinho é feito a partir da coleta de pequenas gotas de sangue do calcanhar do bebê, que são colocadas em um papel de filtro e enviado para o laboratório para que sejam feitas as análises e verificada a presença de alterações.
Quando fazer o teste do pezinho
O teste do pezinho deve ser feito na própria maternidade ou no hospital em que o bebê nasceu, sendo indicado a partir do 3º dia de vida do bebê, no entanto pode ser realizado até o primeiro mês de vida do bebê.
No caso de resultados positivos, a família do bebê é contactada para que sejam realizados novos exames mais específicos e, assim, possa ser confirmado o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado.
Informações sobre o teste do pezinho e resultados do exame realizado na MEJC podem ser obtidas através do telefone 84 3215.2815.
Sobre a Rede Ebserh
A MEJC faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde agosto de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país