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ÓBITO FETAL
A dor da perda nos últimos meses de gestação: entenda os fatores que podem levar ao óbito fetal
Natal (RN) - Quantos sonhos cabem no coração de um casal à espera de um bebê? Essa é uma pergunta cheia de significado para quem aguarda a chegada de uma nova vida. Quando essa desejada espera é interrompida nos últimos meses de gestação, levanta a discussão sobre os fatores que levam ao óbito fetal e a fase do luto perinatal da família. Profissional da Rede Ebserh esclarece sobre as principais causas para a perda do bebê ainda na gestação e os cuidados essenciais na fase final da gravidez.
O tema foi aceso com o caso da perda do bebê da apresentadora Tati Machado, da TV Globo, que estava na fase final da gestação. De acordo com a médica obstetra da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN/Ebserh), Maria da Guia de Medeiros, a perda gestacional costuma ser uma complicação comum da gravidez, na qual cerca de 20% das gestações acabam evoluindo para interrupção espontânea, por vezes, com a formação completa do feto. A médica explica que as principais causas de uma perda no terceiro trimestre, fase final da gravidez, vão desde alterações genéticas a doenças, como infecção, trombofilia, hipertensão, diabetes, uso de drogas ilícitas, alterações placentárias e do cordão umbilical e, ainda, as doenças autoimunes.
“Algumas dessas doenças, ou situações, levam à insuficiência placentária, que deixa de levar sangue e nutrientes para o bebê, ocasionando a morte fetal. Por vezes, o próprio bebê se enrola no cordão umbilical, formando um nó no cordão o que pode levar a sua morte”, explica Maria da Guia. A médica obstetra enfatiza, ainda, que algumas situações não são diagnosticadas na consulta mensal do pré-natal. Por isso, um acompanhamento com um pré-natal qualificado ainda é a melhor forma de evitar a morte do bebê e da mãe.
A médica obstetra da MEJC ressalta a importância de exames certos no momento certo. Medicações corretas na vigência da necessidade e a observação cuidadosa da mulher em relação a sinais e sintomas diferentes que possam acontecer, além da escuta qualificada da equipe de saúde no momento da consulta são estratégias valiosas para prevenção da morte fetal. “A família e a equipe de saúde podem acompanhar o pré-natal de forma a minimizar o risco das perdas fetais, e a família conseguir realizar seu sonho, de levar nos braços para casa uma criança saudável e uma mãe apta a cuidar de seu filho com amor e esperança”, pontua.
Sobre a Rede Ebserh
A MEJC-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Aline Freitas, com edição de Alexsandra Jácome
Unidade de Imprensa e Informação Estratégica da Ebserh para as regiões Norte e Nordeste
Coordenadoria de Comunicação Social