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SAÚDE RENAL
Nefrologia do HU-UFS/Ebserh marca Dia do Rim com programação científica e atividades nas enfermarias
ARACAJU (SE) - A equipe de Nefrologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), abriu nesta quarta-feira, 13, a 2ª Semana do Rim, com uma série de atividades educativas, palestras científicas, informações sobre a Doença Renal Crônica (DRC) e sobre as linhas de cuidado e estudos de caso. A programação é alusiva ao Dia Mundial do Rim, comemorado toda segunda quinta-feira de março.
O HU-UFS/Ebserh é pioneiro no cuidado ao paciente renal e realizou o primeiro transplante de rim em hospital público de Sergipe, em 2022. Além de transplantes, o hospital faz atendimento ambulatorial com acompanhamento e tratamento conservador de pacientes e hemodiálise intra-hospitalar e atende pacientes internados na instituição.
A 2ª Semana do Rim foi aberta na manhã do dia 13, com uma mesa composta pelo gerente de Atenção à Saúde do HU-UFS/Ebserh, Raimundo Saturnino; pelo chefe da Divisão de Enfermagem, Diogo Araujo; pelo presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), Elves Cavancante; e pelo nefrologista Douglas Rafanelle, que ministrou uma palestra sobre a Doença Renal Crônica.
Na sequência, foram apresentadas palestras sobre linha de cuidado da Nefrologia do HU-UFS/Ebserh com apresentação e fluxos, assistência de enfermagem no ambulatório de Nefrologia e a DRC sob o olhar do paciente renal. Na parte da tarde, apresentaram-se estudos de caso e cuidados de enfermagem.
As atividades prosseguem nesta quinta-feira, 14, com visitas a enfermarias onde os pacientes fazem hemodiálise e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com aulas práticas para profissionais que prestam assistência nessas áreas, dinâmica com perguntas e demonstração de manuseio de equipamentos.
A enfermeira Michelle Cardoso, uma das coordenadoras do evento, disse que a programação da Semana do Rim é uma atividade importante para o hospital e para toda a rede de saúde de Sergipe, considerando o impacto da doença renal. “A DRC é um problema de saúde pública em crescimento, de difícil controle, que envolve toda uma rede, desde o cuidado com o paciente com fatores de risco na rede básica até chegar à necessidade de atendimento hospitalar”, enfatizou Michelle.
Segundo a especialista, outro papel importante da programação é o incentivo ao exame de triagem inicial. “É importante para estimular o exame de creatinina, que é o tema da campanha do Dia Mundial do Rim neste ano, já que a DRC é uma doença silenciosa e o diagnóstico precoce é fundamental”, disse.
Dia Mundial do Rim tem objetivo de alertar para medidas preventivas
O Dia Mundial do Rim é uma iniciativa que acontece no Brasil desde 2006, toda segunda quinta-feira de março (dia 14, neste ano de 2024), com o objetivo de alertar sobre a importância dos rins para a saúde geral e sobre a medidas preventivas para manter esses órgãos saudáveis, por meio do estímulo ao diagnóstico precoce e à adoção de hábitos alimentares e físicos adequados. Essas medidas beneficiam indivíduos, comunidades e o sistema de saúde como um todo. O tema deste ano é “Saúde dos rins (& exame de creatinina) para todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”.
A campanha no Brasil é coordenada pela Sociedade Brasileia de Nefrologia e o tema deste ano tem como meta reforçar a busca por uma política de saúde, inclusive com acesso ao diagnóstico e tratamento. O objetivo é contribuir para aumentar o alerta a respeito da DRC - as formas de tratamento ainda são complexas e caras e, por isso, é preciso evitar a evolução da doença - além de promover o tratamento adequado para pacientes que têm fatores de risco (como diabetes e hipertensão), estimular hábitos saudáveis e orientar sobre a necessidade de exames periódicos, principalmente de creatinina.
Trata-se de um exame de sangue comum feito na rede pública, usado para triagem de doença renal, em que a creatinina aumenta quando há lesão nos rins. A creatinina é um composto originado da creatina filtrado e eliminado pelos rins. Segundo os especialistas, medir as taxas dessa substância no sangue é uma maneira de avaliar a saúde renal de um paciente.
A DRC acomete 10% da população, o que representa 20 milhões de pessoas no Brasil, e, em geral, os casos são diagnosticados nas fases mais avançadas da doença, quando os sintomas costumam aparecer. No momento do diagnóstico, muitos pacientes já precisam da terapia renal substituta, como a diálise.
A doença renal também aumenta o risco cardiovascular dos pacientes e leva a uma série de complicações como o infarto e AVC; nos casos mais graves, pode levar ao óbito. Daí a importância do diagnóstico precoce e a instituição de medidas para retardar a progressão da doença.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde outubro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo e que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Sinval Paulino, com revisão de Danielle Campos
Revisão final da Unidade de Comunicação Regional 2 - Sergipe
Coordenadoria de Comunicação Social