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HUB seleciona voluntários para novo tratamento de câncer de pênis
O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) está selecionando voluntários para uma pesquisa que vai testar um novo tratamento para o câncer de pênis. São pacientes com diagnóstico da doença com metástase ou em estágio avançado. O estudo vai associar o uso de uma imunoterapia com o tratamento de quimioterapia e promete resultados promissores.
O medicamento em análise é aplicado na veia e já é usado para outros tipos de câncer. “O estudo vai criar um novo padrão de tratamento para o câncer de pênis no mundo, com melhores resultados, redução do tumor e aumento da sobrevida do paciente”, explica o médico oncologista do HUB Fernando Sabino.
Sobre o estudo
A pesquisa recebeu o nome de Hercules e é realizada pelo Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG). Além do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), o estudo está sendo realizado em outros oito centros de pesquisa do país, nas seguintes cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Fortaleza, Jaú, Curitiba e Barretos. A meta é recrutar 33 voluntários em todo o país.
Para ser voluntário, é preciso ter o diagnóstico de câncer de pênis e atender aos seguintes requisitos:
- doença avançada ou metastática, sem exposição prévia a quimioterapia; ou progressão da doença após 12 meses do término da quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante;
- e estar em atendimento (ou aguardando vaga) na oncologia clínica de hospitais da rede de saúde pública do DF.
Se você cumpre esses critérios e quer fazer parte da pesquisa, entre em contato pelo email pesquisaclinica.hub@ebserh.gov.br ou pelo telefone (61) 2028-5021.
Sobre o câncer
O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir de 50 anos. Ele representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem a população masculina. Os principais sintomas são alteração na pele, inchaço e nódulo na região da virilha. Cuidados com a higiene íntima, cirurgia de fimose e prevenção do HPV são fatores que podem ajudar a evitar o câncer de pênis.
A falta de informação sobre a doença prejudica o diagnóstico precoce. Quando diagnosticada em estágio inicial, as chances de cura são elevadas, mas muitos pacientes demoram para procurar ajuda. O tratamento com quimioterapia não apresentou grandes avanços nas últimas décadas. Por isso, a urgência em buscar um tratamento mais eficaz para pacientes em estágio avançado da doença.