Novo Núcleo de Neurociências é resultado de sonho nascido na década de 90

Fruto da dedicação de docentes, técnicos-administrativos e até mesmo doações de pacientes, foi inaugurado na sexta-feira (10/12) o Núcleo de Neurociências da Universidade Federal de Goiás. Com 457m² e construído com os custos de mais de 450 mil reais, financiados pela UFG, o espaço é resultado de duas décadas de pesquisas, atendimentos e prestação de serviços realizados no Hospital das Clínicas EBSERH/UFG. A realização deste sonho nasceu em 1994 com a criação do Centro de Referência em Tratamento e Pesquisa em Epilepsia (CERTEPE), em seguida, vieram a implementação do Centro de Referência em Neurologia do Comportamento e Cognição (CERGOG) e o do Centro de Referência e Investigação em Esclerose Múltipla (CIEM). Logo após, foram criados outros ambulatórios e serviços que compõe atualmente o núcleo. A idealização do projeto de reunir todos os centros de referência em um único núcleo surgiu da iniciativa do prof. Delson José da Silva, que ainda apresentou a ideia, na época, ao prof. José Edison da Silva Cavalcante. Na ocasião, foi homenageado também o advogado Micael Heber Mateus, que doou 150 mil reais em mobiliário para que o espaço fosse devidamente mobiliado. Confira as fotos do evento.

O sonho para a conquista de uma estrutura moderna e bem equipada para abrigar as pesquisas e consultas na área foi idealizado a partir do Centro de Referência de Tratamento e Pesquisa em Epilepsia (CERTEPE), inaugurado em 1994. Emocionado, José Edison da Silva Cavalcante, destacou que aqueles que constatam hoje a estrutura do local não poderiam imaginar que na época da implementação do núcleo ele visitou e recolheu parte dos itens de mobiliário do patrimônio que era considerado inservível pelo, hoje, Departamento de Material e Patrimônio da UFG. "Esse legado é resultado de um grande trabalho em equipe. Parafraseando Geraldo Vandré, posso dizer que 'quem sabe faz a hora' desde que tenha uma equipe empenhada", ressaltou.

O atual chefe da Unidade do Sistema Neuromuscular, prof. Delson José da Silva, destacou que o espaço está em funcionamento desde agosto de 2021 e atende diariamente dezenas de pacientes de forma gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde. O professor conta que sonhou com a construção do novo espaço quando uma outra obra estava em fase final de construção. "Conversei com o professor Edward aqui debaixo de uma palmeira e propus que nós construíssemos um terceiro andar no prédio que estava quase pronto", lembrou. Delson Silva agradeceu ainda o então diretor do Centro de Gestão de Espaços Físicos (Cegef/UFG), Marco Antônio de Oliveira, pela colaboração da entrega do espaço, que conta com 7 consultório e recepção para 50 pessoas. "Tudo o que fazemos é pelas pessoas que aguardam sua vez para atendimento aqui nessa sala. Tudo o que fazemos é para reverter para a sociedade o que ela nos dá", concluiu. A superintendente substituta do Hospital das Clínicas, Maria Conceição de Queiroz, acrescentou que as conquistas são resultado do trabalho de pessoas que colocam o coração naquilo de fazem. "É típico da universidade ser movida pela emoção que deposita na sua prestação de serviços. Por isso somos conhecidos pela prestação de serviços com qualidade", ressaltou.

Ressaltando o trabalho pioneiro dos professores, o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil lembrou do empenho dos envolvidos para que o projeto da nova sede se tornasse realidade. "Mesmo sem recursos a universidade sempre se reinventa e não interrompe seu avanço. Nesse processo o papel do gestor é tirar os obstáculos do caminho", destacou. O reitor lembrou ainda as diversas frentes de atuação da universidade mesmo durante a pandemia da covid-19 e o papel importantíssimo do Hospital das Clínicas durante o momento mais adverso da crise. 

Estiveram presentes na cerimônia o diretor da Faculdade de Medicina (FM), Antônio Fernando Carneiro, o diretor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), José Clecildo Barreto Bezerra, além de demais docentes e residentes que desenvolvem atendimento e pesquisas no Núcleo de Neurociência. 

Texto: Caroline Pires / Secom UFG

Fotos: Carlos Siqueira