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DIA NACIONAL
Fonoaudiólogas da Rede Ebserh/MEC alertam sobre sinais e sintomas da disfagia
Araguaína (TO) – A disfagia (dificuldade para engolir) é uma condição clínica que afeta pessoas em diferentes faixas etárias, desde o prematuro até o idoso. Pode levar à desnutrição, desidratação e complicações pulmonares. Com o intuito de sensibilizar a população com relação à essa doença, foi instituído pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia o "Dia Nacional de Atenção à Disfagia", em 20 de março, e a campanha “Disfagia - eu apoio”, realizada concomitante em todos estados, completando dez anos em 2023 com a temática “Disfagia com Afeto”.
Neste contexto, as fonoaudiólogas do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins, instituição vinculada à Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HDT-UFT/Ebserh), Elizabeth Lozer e Ianne Melo, promoveram a “Semana de Disfagia do HDT-UFT”, de 13 a 17 de março, por meio da realização de visitas aos setores, para falar aos profissionais, residentes e pacientes.
Elizabeth Lozer esclareceu que a dificuldade do ato de deglutir pode ter a origem correlacionada a alguma doença de base ou não, sendo necessário considerar as especificidades de diferentes quadros clínicos. “A partir do momento em que o indivíduo passa a optar por alimentos com consistências (purê/creme), texturas (lisas, macias e umidificadas) e tamanhos (picados/moídos) mais fáceis para mastigar e deglutir, estamos diante de um indivíduo que está buscando estratégias para minimizar as dificuldades presentes no momento da sua alimentação”.
Adicionalmente, ao realizar as refeições em pequenas quantidades, associar ingestão de líquidos durante as refeições como auxílio para uma deglutição mais segura, optar por fazer suas refeições sozinho ou ter recusa alimentar pode se tratar de um indivíduo com disfagia.
Associado a esses comportamentos, que inclusive impactam na qualidade de seu convívio social, é comum a ocorrência de sinais como o ato de pigarrear (antes, durante ou após às refeições), episódios de tosses constantes, engasgos frequentes e a perda de peso sem razão aparente. A disfagia em estágio moderado a severo representa fator de risco para desnutrição, desidratação, aspiração e pneumonia por aspiração. Por isso, recomenda-se a avaliação médica precoce, aos primeiros sinais e sintomas, e a procura por um fonoaudiólogo.
Lozer comentou ainda que em função de a disfagia ser um sintoma e de este sintoma estar correlacionado a alguma condição clínica a ser investigada, ou já diagnosticada, o paciente disfágico demanda a assistência de profissionais com diferentes conhecimentos científicos e encontra-se sob os cuidados de toda a equipe, interdisciplinar e alinhada, sempre objetivando a segurança do paciente em sua integralidade.
Contudo, o fonoaudiólogo é o profissional habilitado para avaliar e diagnosticar a disfagia intervindo por meio de parâmetros clínicos e estratégias terapêuticas no processo de reabilitação do indivíduo.
Ação no HDT
Ianne Melo explicou que a ação deste ano no HDT foi desenvolvida durante cinco dias. “Um momento importante para o esclarecimento de ‘mitos’ e ‘verdades’ sobre a disfagia, o que possibilitou a troca de conhecimento e o esclarecimento de dúvidas. Além de orientar os pacientes que na maioria das vezes, desconhecem a dificuldade de engolir como um problema de saúde”.
A fonoaudióloga reforça a importância desse momento de troca de informações. “Os profissionais que estão envolvidos na assistência dos pacientes, sejam no ambulatório ou internação, podem auxiliar na identificação dos pacientes que apresentam critérios de risco para disfagia, podendo orientar e até mesmo solicitar avaliação do serviço de fonoaudiologia. Além disso, o paciente disfágico necessita de cuidados específicos durante a refeição - estado de alerta, dieta alimentar na consistência adequada, postura, uso da colher, medicação que deverão ser seguidos por todos os profissionais que assistem o paciente”.
A equipe multiprofissional do HDT-UFT/Ebserh é integrada por médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
Com informações do HDT-UFT/Ebserh