Avanços em assistência, ensino, pesquisa, inovação e gestão trazem reconhecimento à Ebserh

Brasília (DF) – A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) teve uma participação expressiva no 47º World Hospital Congress, realizado de 10 a 12 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ). Na oportunidade, compartilhou experiências e boas práticas na gestão hospitalar e apresentou projetos e iniciativas que têm contribuído para a melhoria do atendimento e da qualidade dos serviços prestados via Sistema Único de Saúde (SUS).

Executivos, profissionais e especialistas da área da saúde de todo o mundo discutiram os desafios e inovações na gestão hospitalar, com o tema “Aprendizado global, ação local”. O WHC foi promovido pela International Hospital Federation (IHF), em parceria com a Federação Brasileira de Hospitais (FBH). A próxima edição será de 10 a 13 de novembro de 2025, em Genebra, Suíça.

O vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi, ressaltou a participação da instituição, tanto presencial quanto remotamente, como de grande relevância. “Com a produção de pôsteres e trabalhos premiados, abordamos linhas importantes de discussão, como a sustentabilidade e o papel dos hospitais na proteção do ambiente em que vivemos”, disse. Também enfatizou que essas discussões são essenciais para a “produção de saúde, o desenvolvimento do ensino e da pesquisa”.

Confira alguns dos destaques:

• Reconhecimento por práticas sustentáveis

O Hospital Universitário de Lagarto, da Universidade Federal de Sergipe (HUL-UFS), conquistou o terceiro lugar no Prêmio IHF 2024, na categoria “Seddiqi Holding - Prêmio de Excelência em Responsabilidade Social e Ambiental”. O reconhecimento destaca o compromisso do Hospital com práticas sustentáveis com o projeto “Aplicação da tecnologia eficiente na melhoria dos recursos hídricos”. A iniciativa, que investiu em novas tecnologias para tratamento e captação de água, resultou em significativa melhoria na qualidade da água e na redução de custos de até 81,79%.

• Inovações em saúde

A Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) foram duas das quatro instituições a representarem o Brasil no Hub de Inovação com foco nos “Hospitais do Futuro”. O “Aplicativo de Gestão da Maternidade Escola Januário Cicco” (AGMEJC) visa otimizar a gestão hospitalar em tempo real, enquanto o projeto de “Inteligência Artificial para Predição do Diagnóstico de Sepse” busca identificar precocemente pacientes em risco.

Contribuições em saúde, liderança e gestão hospitalar

O vice-presidente da Ebserh fez apresentações em duas sessões do WHC. Na primeira, abordou a liderança em sistemas de saúde universais baseados em valor, destacando os desafios globais e as boas práticas na área. Na segunda, enfatizou a importância da integração entre saúde e educação nos 45 hospitais universitários vinculados à estatal.

• Balanço

Além disso, a Ebserh enviou mais de 90 trabalhos ao Congresso, sendo que 64 foram aceitos para apresentação na categoria pôster, provenientes da Administração Central e de vários hospitais da Rede. Dentre os projetos aprovados, seis foram selecionados para apresentação oral, destacando-se pela relevância e inovação nas práticas de saúde.

A fisioterapeuta Valeria Cabral Neves Luszczynski apresentou o trabalho “Pontuação de risco de extubação não planejada em pediatria: Um modelo preditivo”, desenvolvido na UTI Pediátrica do Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR). O modelo, premiado pela Escola Nacional de Administração, categoriza fatores de risco para prevenir eventos adversos durante a ventilação mecânica invasiva. Valeria sugeriu “replicar essa iniciativa em outros hospitais da Rede”, destacando “seu baixo custo e potencial para ser utilizado como aplicativo à beira do leito”.

O chefe da Unidade Multiprofissional do HU-UFPI, José Felipe Pinheiro, discutiu os “Impactos econômicos e de segurança no uso de sedativo-analgésicos com o monitoramento do índice bispectral (BIS) em uma UTI Covid-19”. O projeto, desenvolvido durante a pandemia, visou reduzir o consumo de sedativos. José explicou: “Além de proporcionar um menor tempo de uso dessas drogas, conseguimos trazer um impacto significativo na economia e segurança”.

A temática “Aprimorando a governança de hospitais universitários por meio da melhoria de macroprocessos de faturamento hospitalar” foi apresentada pelo chefe da Unidade de Gestão de Riscos e Controles Internos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), Henrique de Alencar Gomes.  Ele destacou a importância da colaboração entre setores, afirmando que “a gestão do processo de faturamento hospitalar é transversal e envolve colaboradores das áreas administrativa, assistencial e de ensino”.

A arquiteta do HUL-UFS, Kamila Pereira Porto Ramos, apresentou “Jardins terapêuticos do HUL - o refúgio da cura: entre encontros e contemplações”, um projeto que promove a socialização e a integração com a natureza. Kamila ressaltou que “a contemplação nos jardins terapêuticos promove a saúde mental”, transformando o hospital em um “cenário de reflexão e paz interior”.

O trabalho apresentado pelo chefe do Setor de Tecnologia da Informação e Saúde Digital da MEJC-UFRN, João Paulo Bessa De Oliveira, foi “Ampliando a transformação digital com o Aplicativo de Gestão da MEJC (AGMEJC): desenvolvimento e resultados”. O sistema apoia a gestão da Maternidade, fornecendo informações consolidadas em tempo real por meio de relatórios, gráficos e painéis. Ele afirmou que isso facilita a “tomada de decisão para otimizar o atendimento do paciente e o serviço prestado”.

A chefe da Unidade de Gestão da Pesquisa do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), Juciléia Rezende Souza, apresentou “Implementando uma Sala de Apoio à Pesquisa em um hospital terciário”. A iniciativa, implementada em 2020, dá suporte a pesquisadores e, como destacou Juciléia, oferece “um espaço dedicado e equipado” para impulsionar a pesquisa no Hospital.

Por Andreia Pires, com revisão de Danielle Campos

Apoio e fotos: Carla Araújo

Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh