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FINANCIAMENTO EXTERNO
Saúde conclui pedido de financiamento de R$ 1,7 bilhão junto ao Banco dos BRICS para construção do primeiro hospital inteligente do Brasil
Os Ministérios da Saúde e do Planejamento e Orçamento anunciaram nesta terça-feira (18/11), em coletiva de imprensa, a conclusão do pedido de financiamento externo no valor de R$ 1,7 bilhão junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como banco dos BRICS, para a construção do primeiro hospital inteligente do Brasil, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
O projeto segue agora para avaliação final do Banco. Com a aprovação da instituição, a expectativa é que os primeiros serviços da rede entrem em operação em 2026. O hospital terá 800 leitos, sendo 250 de emergência, 350 de UTIs e 200 de enfermaria, além de 25 salas cirúrgicas e deve beneficiar cerca de 20 mil pacientes por ano. O início das operações está previsto para 2029, com a instalação de equipamentos, implantação dos sistemas digitais e treinamento das equipes.
Proposto pelo Ministério da Saúde, em coordenação com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o projeto tem como objetivo desenvolver um modelo nacional de hospital inteligente, escalável e replicável. A iniciativa associará não só a capacidade financeira do NDB, como também uma significativa expertise e cooperação tecnológica, contando ainda com experiências bem-sucedidas da China no setor.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a importância estratégica da nova estrutura digital para a modernização da saúde pública. “Hoje estamos entrando em uma nova era de inovação do SUS. A implantação dessa rede nacional de serviços inteligentes tem um papel enorme para a saúde brasileira, que vai permitir que a população tenha acesso ao que tem de melhor em tratamento médico”, frisou.
Durante a coletiva, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reforçou o caráter inovador da iniciativa: “Juntamente com a equipe do Ministério da Saúde não medimos esforços para viabilizar o financiamento do hospital. A criação dessa rede é muito importante e vai beneficiar a população com tecnologia de ponta, que diminuirá cinco vezes o tempo de espera, além de diagnósticos mais precisos”.
Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS
Além da construção do Hospital Inteligente em São Paulo, a iniciativa prevê a implantação de 14 UTIs automatizadas que funcionarão de forma interligada nas cinco regiões. Mais oito unidades hospitalares serão modernizadas com envolvimento de universidades e secretarias de saúde.
A Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS faz parte do programa Agora Tem Especialistas, voltado à expansão do atendimento especializado da rede pública. O uso de tecnologias, como inteligência artificial e big data, pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência, além de tornar o diagnóstico e a assistência especializada mais rápidos e precisos.
Rede de UTIs Inteligentes
Serão 14 UTIs inteligentes vão funcionar de forma interligada em hospitais selecionados pelo Ministério da Saúde junto com gestores de treze estados do país, nas cidades de Manaus (AM), Dourados (MS), Belém (PA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF).
Serão serviços totalmente digitais, com monitoramento contínuo, integração entre equipamentos e sistemas de informação. A tecnologia auxiliará na previsão de agravos, apoiará decisões clínicas, otimizará avaliações e permitirá a troca de conhecimento entre especialistas em diferentes regiões. Também estarão conectadas a uma central de pesquisa e inovação.
Financiamento Externo
O projeto foi aprovado na reunião da Comissão de Financiamento Externo (Cofiex) de junho. Seguindo os procedimentos determinados pela Cofiex, após a aprovação pelo board do NDB, o projeto entrará na etapa de negociação. A negociação é coordenada pela Secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do MPO, que preside a Cofiex, em conjunto com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e o Ministério da Saúde, que será o órgão executor.
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