SC: Ministra Cida Gonçalves reforça a importância da pesquisa e da ciência durante o Seminário Internacional Fazendo Gênero

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, cumpriu agenda em Florianópolis, Santa Catarina, nesta segunda-feira (29). A ministra participou de um encontro com Núcleos de Pesquisa e Militância com Foco em Gênero, realizado no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina, e no início da noite esteve na abertura do 13º Seminário Internacional Fazendo Gênero, realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O encontro com os núcleos de gênero teve como objetivo fortalecer e consolidar uma rede de núcleos de pesquisa nas universidades e institutos federais que pensem a política a partir da perspetiva de gênero e suas interseccionalidades. Durante sua fala, Cida Gonçalves enfatizou a “importância de que jovens discutam temas como a violência contra a mulher desde as escolas” e destacou que esse debate em sala vai auxiliar os professores a identificar situações de violência e a construir junto com os alunos, alunas e a comunidade escolar alternativas para o enfrentamento às violências.

O evento contou com a presença da deputada federal Carla Ayres, da vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, da coordenadora-geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos, Maraisa Bezerra Lessa, e da professora e pesquisadora Joana Maria Pedro.

Já na 13ª Edição do Fazendo Gênero, tradicional evento realizado pelo Instituto de Estudos de Gênero da Universidade (IEG/UFSC), a ministra ressaltou: “o que fazemos aqui hoje significa o retorno da pesquisa e da ciência”. Ela também elencou programas e ações do governo federal que impactam diretamente o cotidiano das mulheres.

“Nós estamos construindo um novo mundo de solidariedade, de respeito e de ciência. Estamos construindo um mundo onde os pobres possam comer, é isso que o presidente Lula fala, que as crianças possam estudar, por isso nós temos o Programa Pé-de-Meia, escolas de tempo integral e creches. Nós queremos construir um mundo onde as mulheres tenham voz, por isso cotidianamente temos feito o enfrentamento à misoginia, especialmente nos espaços de poder. Não aceitamos a violência política de gênero que nos caça o direito à voz”, enfatizou Cida Gonçalves.

A representante do Ministério da Educação e diretora de Políticas e Programas de Educação Superior da Sesu, Ana Lúcia Pereira, ressaltou a importância do fortalecimento dos grupos de pesquisa para a produção de políticas públicas. “Temos a questão da permanência materna, nós mandamos para todas as universidades a consulta a fim de saber quais as demandas para as mães e estamos somando essas informações na Política Nacional de Cuidados que o Ministério das Mulheres constrói em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social”, salientou.

O evento realizado no Auditório Garapuvu do Centro de Eventos da UFSC contou com a participação do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Irineu Manoel, da vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, do reitor da Universidade Estadual de Santa Catarina, José Fernando Fragalli, da coordenadora do Instituto de Estudos de Gênero/UFSC, Débora Figueiredo, e da pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero da UFSC Tereza Kleba Lisboa.  

Sobre o Seminário

A 13ª edição do Fazendo Gênero, que acontece entre 29 de julho e 2 de agosto de 2024, marca os 30 anos do maior seminário internacional de gênero no Brasil. O evento engloba quatro conferências, 45 mesas-redondas, 184 simpósios temáticos, 2.800 comunicações orais, 200 pôsteres, além de uma tenda temática, feiras, minicursos, oficinas e a marcha Mundo de Mulheres. Nesta edição, o encontro recebeu 6 mil inscrições.

O Fazendo Gênero acontece desde 1994 e passou a assumir caráter internacional a partir de 2000. A ideia é promover um ambiente de interlocução artística, ativista e afetiva, tendo a questão de gênero como foco do evento. 

A Universidade Federal de Santa Catarina é promotora do evento, por iniciativa do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), ao lado da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). O IEG é um centro de excelência interdisciplinar reconhecido no Brasil e no mundo, que há 19 anos estuda as questões de gênero e feminismos, articulando redes locais e internacionais de pesquisadoras, ativistas e artistas.