Programa Asas para Todos pretende aumentar diversidade e inclusão no setor aéreo

Por uma aviação mais segura e inclusiva, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos lançaram, na quarta-feira (3), o Asas para Todos, com o objetivo de aumentar a diversidade no setor aéreo brasileiro. O programa, que conta com a participação do Ministério das Mulheres, prevê projetos em parceria com universidades para capacitação de profissionais e a oferta de bolsas para formação de pilotos e mecânicos de manutenção, com prioridade para mulheres e pessoas de baixa renda.

O Asas Para Todos já conta com 15 projetos em três eixos definidos: inclusão e diversidade, mulheres na aviação e formação e capacitação de profissionais do setor aéreo.

No pacto governamental, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) foi firmado também com os ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania, da Igualdade Racial e do Turismo. O compromisso é para implementar ações de promoção de inclusão social e diversidade na aviação civil brasileira, assim como o combate à discriminação racial, de gênero, orientação sexual e o capacitismo.

Com o setor aéreo, assinaram o protocolo de intenções a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Aeroportos do Brasil (ABR), a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a Infraero Aeroportos, a Airbus, a Associação Internacional de Mulheres na Aviação (IAWA, na sigla em inglês) e a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Também foram firmadas parcerias com três universidades federais: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa). Essas instituições serão responsáveis por promover pesquisas no setor, fornecer dados para o mapeamento do programa e subsídios para a inclusão de mulheres, pessoas de baixa renda e grupos sociais que enfrentam barreiras para ingressar no mercado da aviação civil. Além disso, serão responsáveis pela formação dos profissionais e pela concessão de bolsas de estudos.

A secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, elogiou o programa e afirmou ser um momento especial tanto para o Ministério, por fazer parte de uma ação importante, quanto para as mulheres, porque traz mais visibilidade para elas e abre caminhos.

“Estamos, efetivamente, criando asas para a visibilidade. Parabenizo a Anac e o Ministério de Portos e Aeroportos pelo compromisso com essa causa, que é tão urgente e necessária. Ações como essas mostram que é possível acelerar o tempo e construir a igualdade entre homens e mulheres, respeitando toda a diversidade que há dentro desses grupos”, destacou Guarezi durante a cerimônia de lançamento do programa.

Participaram do evento o ministro de Portos e Aeroporto, Silvio Costa Filho, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o diretor-presidente substituto da ANAC, Tiago Pereira, e a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes.

Mulheres na aviação
No eixo voltado para as mulheres, a proposta visa inspirar meninas e mulheres a fazerem parte da aviação civil. Hoje, no Brasil, apenas 3,2% dos pilotos são mulheres, 2,4% são mecânicas de manutenção, 18,9% são despachantes de voo e somente 10,6% dos engenheiros do setor são mulheres.

Os benefícios esperados para as mulheres com o programa é:

• Fomentar o desenvolvimento de um ambiente respeitoso e livre do assédio sexual e moral;
• Aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho;
• Combater a desigualdade de gênero no setor;
• Promover o crescimento sustentável da aviação e prevenção da perda de talentos;
• Combater práticas discriminatórias;
• Promover melhores práticas entre os agentes do mercado; e
• Desenvolver uma nova geração de profissionais da aviação civil.