Funai apoia coleta de taquari e impulsiona geração de renda do artesanato Karajá em Goiás

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) garantiu, no primeiro semestre de 2025, apoio logístico a indígenas artesãos do povo Iny (Karajá) de Aruanã para a coleta de taquari, no município de Britânia, em Goiás. O material coletado é uma espécie de bambu nativa do Cerrado que, para o povo Karajá, serve de matéria‑prima para a confecção de itens culturais e utilitários, como arcos, flechas, cestos e adornos. O apoio da Funai à coleta do taquari, por meio da Coordenação da Técnica Local em Goiânia (CTL‑GYN), tem como objetivo fortalecer o etnodesenvolvimento e a geração de renda dos povos indígenas de Goiás.

Em Britânia, os técnicos da Funai acompanharam de perto todo o processo de coleta, conduzido pelos indígenas, e aprenderam com eles as técnicas tradicionais de corte e manejo do material, como relatou o assistente técnico Haroldo Resende. “Os indígenas nos ensinaram como identificar, cortar no comprimento correto e transportar sem danificar as fibras”, disse o servidor. Para ele, a experiência resultou em um “aprendizado mútuo que ressaltou a importância da escuta ativa e reafirmou o protagonismo dos próprios povos indígenas na preservação de seus saberes”.

A Funai disponibilizou veículos e coordenou toda a cadeia de deslocamento dos indígenas até o local. Isso garantiu que os artesãos pudessem focar na  coleta do taquari sem preocupações operacionais que, muitas vezes, dificultam a realização de projetos semelhantes. 

O apoio da Funai, com foco em fortalecer a cultura, o etnodesenvolvimento e a geração de renda dos indígenas,  integra um conjunto amplo de ações da autarquia indigenista em Goiás. As ações incluem a participação em feiras como a Agro Centro‑Oeste Familiar e a realização de oficinas de incentivos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

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Geração de renda

Além de preservar o patrimônio cultural do povo Iny, essa ação tem impacto direto na economia local. A coleta de taquari foi planejada para coincidir com a temporada de vazante do Rio Araguaia, quando começa a temporada de turismo na região. Com o bambu em mãos, os artesãos devem produzir novos lotes de cestos, utensílios e objetos decorativos que, em feiras regionais e feiras de agricultura familiar, atraem demanda crescente. Essa comercialização gera renda de forma sustentável e contribui para a segurança alimentar da comunidade indígena. Isso porque os recursos obtidos são reinvestidos na compra de gêneros alimentícios, dentre outros itens. 

O auxílio da Funai na coleta do taquari e o apoio à cadeia produtiva artesanal reflete o trabalho da autarquia na formulação e implementação de políticas públicas. Além disso, reforça  o desenvolvimento sustentável e a geração de renda como resultados de ações coordenadas que unem tradição e modernidade em benefício de comunidades que há muito tempo habitam e preservam as margens do rio Araguaia.

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O apoio ao etnodesenvolvimento e à geração de renda faz parte da carteira de serviços da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGEtno), vinculada à Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) da Funai.

A CTL da Funai em Goiânia, vinculada à Coordenação Regional Araguaia Tocantins (CR-ATO), reafirma o compromisso em articular novas iniciativas que promovam o etnodesenvolvimento e garantam oportunidades justas e respeitosas aos povos indígenas de Goiás. Para mais informações, entre em contato com a Coordenação Técnica Local em Goiânia pelo telefone (62) 99303‑4826 ou pelo e‑mail ctl.goiania@funai.gov.br.