Ministra Cida Gonçalves visita obras da Casa da Mulher Brasileira em Goiânia

Cumprindo agenda no Estado de Goiás, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, visitou as obras da Casa da Mulher Brasileira da capital, Goiânia, nesta sexta-feira (27). O espaço já recebeu investimento de R$ 10,5 milhões do governo federal e, após reunião nesta manhã, ficou acertada a previsão para ser inaugurada em março de 2026. Antes de visitar o espaço, a ministra se reuniu com autoridades da Prefeitura e governo do Estado e respondeu a questionamentos da imprensa sobre os atrasos nas obras da unidade. 

Cida Gonçalves esclareceu que os recursos do governo federal estão disponibilizados, mas que questões técnicas e mudanças na gestão frearam as obras. “É importante essa pactuação entre os entes federados para que a obra seja concluída e as mulheres de Goiânia tenham esse serviço à disposição. Vimos que há problemas de gerenciamento, de medição, problemas técnicos, mas há vontade política por parte do município e da nossa parte o recurso já está aqui. Então, com vontade política podemos resolver efetivamente os problemas e inaugurar esta obra até 8 de março de 2026”, frisou a ministra.

Como protocolo das Casas da Mulher Brasileira, a unidade de Goiânia também vai integrar e humanizar os atendimentos com juizado e delegacia especializados, Promotoria Pública, Defensoria Pública, atendimento psicossocial, Patrulha Maria da Penha, serviço de autonomia econômica, de abrigamento temporário e central de transporte. “O serviço é eficaz e eficiente. Estaremos aqui em 2026 para inaugurar a Casa. Isso é um esforço coletivo para que de fato as mulheres do estado de Goiás estejam amparadas”, disse a ministra.

A vice-prefeita, Cláudia Silva Lira, declarou que “o compromisso da gestão é inaugurar a casa antes de 2026, por isso estão sendo realizados acompanhamentos semanais da obra, por parte da secretaria e da prefeitura, porque o espaço é prioridade para a cidade”. 

Estiveram presentes também na reunião e na vistoria às obras a secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos, Erizania Freitas, a superintendente Estadual da Mulher, Evelin Geordana; a deputada federal Adriana Accorsi e a vereadora e vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Kátia Maria. 

Para acompanhar a implementação desta e de outras Casas da Mulher Brasileira, o Ministério das Mulheres disponibiliza um Painel de Monitoramento com cada etapa do processo de construção da CMB.

Proteção à mulher goiana

No Estado de Goiás já foram entregues também os Centros de Referência da Mulher Brasileira de Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Jataí e Santo Antônio do Descoberto somando aportes quase R$ 4 milhões (R$ 3,8 mi) para a construção e equipagem dos espaços de acolhimento.

Outro dispositivo de enfrentamento à violência de gênero do Ministério das Mulheres no estado é a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 -, que registrou um aumento de 34% nos atendimentos no último ano. Foram 18.232 ligações em 2024 em Goiás, ante as 13.588 de 2023. As denúncias também cresceram no estado, de 3.483 em 2023 para 4.422 em 2024 (+26,9%). Desse total, 3.853 foram recebidas por telefone e 475 por WhatsApp. Veja todos os dados aqui.

Segundo a ministra Cida Gonçalves, o aumento significativo no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no Ligue 180, que vem recebendo uma série de melhorias desde 2023, com a reestruturação prevista na retomada do Programa Mulher Viver sem Violência (Decreto nº 11.431/2023).

Iniciativa estadual

Na parte da tarde, a ministra esteve na Universidade Federal de Goiás (UFG), onde conheceu os resultados da pesquisa De Olho nas Urnas – candidaturas de mulheres e monitoramento da

igualdade de gênero nas eleições 2024. E também visitou o Instituto Federal de Goiás (IFG) para conhecer o projeto de extensão Troca de Saberes entre Mulheres: Cultivando Afetos e Tecendo Ações. A iniciativa estadual acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade e vítimas de violência de gênero.