Pesquisadora aborda formas farmacêuticas por impressão 3D

Imagem: Ganhhadora Juliana dos Santos (Arquivo pessoal)

Bolsista da CAPES no mestrado e no doutorado, Juliana dos Santos desenvolveu uma pesquisa em que abordou formas farmacêuticas por impressão 3D com potencial de inovação na área. A tese, destaca a hoje doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os tratamentos que levam em conta as particularidades de cada paciente. O trabalho rendeu o Prêmio CAPES de Tese 2024 em Farmácia para a pesquisadora.

Sobre o que é a sua pesquisa?
A tese aborda o desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas inovadoras por impressão 3D. Essa impressão 3D de medicamentos é uma tecnologia disruptiva no desenvolvimento de produtos farmacêuticos, uma vez que permite a personalização de terapias, garantindo que cada paciente tenha seu tratamento individualizado e adequado às suas necessidades. Na tese, é demonstrada a influência da composição qualiquantitativa, propriedades do fármaco e polímeros, tipo de técnica e nanoencapsulação de fármaco na personalização de medicamentos produzidos por impressão 3D. A tese explora ainda diversas técnicas de caracterização de materiais e faz extensas revisões de literatura sobre o tema.

O que destacaria de mais relevante na sua pesquisa?
A tese é pioneira no país na área de produção de medicamentos por impressão 3D, abrindo uma linha de pesquisa inovadora. Além disso, traz conhecimentos relevantes na ciência de base do uso da impressão 3D de medicamentos, fazendo com que a pesquisa seja relevante não só no âmbito nacional, mas internacional. O trabalho ainda rendeu a publicação de sete artigos científicos em revistas internacionais e a pré-incubação da startup Formula3D.

De que forma a sua pesquisa pode contribuir para a sociedade?
Hoje em dia, os tratamentos farmacológicos são baseados no princípio "one size fits all", ou seja, um mesmo medicamento é produzido todo um grupo populacional, sem levar em consideração as particularidades de cada paciente. No entanto, sabe-se que tratamentos personalizados melhoram a efetividade de tratamentos, bem como sua adesão. Assim, essa pesquisa explora uma nova tecnologia para a produção de medicamentos personalizados, que podem contribuir no tratamento de diversas doenças, melhorando a qualidade de vida da sociedade.

Qual a importância para você de sua tese ter sido escolhida a melhor na área?
Para quem acredita fortemente no poder da educação e da ciência, ter o reconhecimento da CAPES em um projeto em que temos tanto entusiasmo só reafirma que estamos no caminho certo. Além disso, premia um grupo de pesquisa altamente inovador e um Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas de excelência. Esse resultado nos dá uma injeção de ânimo para seguirmos em frente, fazendo pesquisa de qualidade e ajudando a melhorar a vida das pessoas.

Foi bolsista da CAPES? Se sim, de que forma a bolsa contribui para sua formação?
Sim, fui bolsista CAPES durante o período de doutorado. A bolsa foi essencial para a dedicação exclusiva ao projeto desenvolvido, garantindo segurança financeira durante o período de doutorado. Além disso, também fui bolsista CAPES durante o mestrado, ou seja, as bolsas foram imprescindíveis durante todo o período da pós-graduação.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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