Pesquisa busca melhorar segurança cibernética

Imagem: Angelica Pigola foi a vencedora na área de Administração Pública, Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo. Crédito: Júlia Prado (CGCOM/CAPES)

Angelica Pigola foi a vencedora do Prêmio CAPES de Tese 2024 na área de Administração Pública, Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo, com a tese intitulada Desenvolver e Investir em Capacidades Dinâmicas nos Negócios para Melhorar a Inteligência de Segurança Cibernética. O objetivo do trabalho é promover a proteção de dados e reduzir a incidência de ataques virtuais. 

Trajetória acadêmica, da graduação ao doutorado.

Começou com a graduação em Administração pela Universidade Paulista, em 1995. Depois, em 2021, concluí o mestrado em Administração pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Durante o doutorado em Administração também na UNINOVE, recebi apoio da CAPES, incluindo uma bolsa para o Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), na Aston University, no Reino Unido, de novembro de 2022 a abril de 2023. Paralelamente, obtive um segundo doutorado em Gestão de Tecnologia da Informação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP) em 2024. Atualmente, sou pós-doutoranda em Gestão Estratégica na UNICAMP.

Sobre o que é a sua pesquisa?

Minha pesquisa explora como investir e desenvolver capacidades dinâmicas pode melhorar a inteligência de segurança cibernética em empresas. A tese inclui três estudos: uma metassíntese para identificar capacidades-chave em 47 estudos de caso; uma pesquisa empírica com 207 especialistas para validar a influência das capacidades dinâmicas; e, por último, um experimento que avaliou o aprendizado iterativo de grupos experientes e inexperientes em segurança da informação. O foco foi reduzir riscos e incertezas cibernéticas, propondo um modelo de inteligência de segurança cibernética baseado em capacidades dinâmicas.

O que você destacaria de mais relevante na sua pesquisa?

O aspecto mais relevante é a contribuição para o desenvolvimento de um modelo teórico – o "Dynamic Capabilities in Cybersecurity Intelligence (DCCI)" – que integra capacidades tecnológicas, organizacionais e gerenciais para construir uma postura de segurança cibernética robusta. Além disso, demonstramos que é possível aprender iterativamente sobre investimentos em capacidades cibernéticas, reduzindo vulnerabilidades de maneira prática e estratégica.

Qual a importância para você de sua tese ter sido escolhida a melhor na área?

Ser reconhecida com o Prêmio CAPES de Melhor Tese em 2024 foi uma grande honra. Esse reconhecimento valida a relevância científica e prática da pesquisa, além de incentivar futuros estudos no campo da segurança cibernética e gestão estratégica. É também um reflexo do apoio e recursos disponibilizados pela CAPES.

De que forma a sua pesquisa pode contribuir para a sociedade?

Minha pesquisa oferece uma abordagem inovadora para empresas, especialmente pequenas e médias, enfrentarem desafios cibernéticos. O modelo desenvolvido ajuda a identificar e priorizar investimentos em segurança cibernética, promovendo a proteção de dados e reduzindo os impactos de ataques virtuais. Além disso, contribui para a formação de gestores mais capacitados, fomentando uma cultura de cibersegurança no Brasil e globalmente.

Foi bolsista da CAPES? Se sim, de que forma a bolsa contribui para sua formação?  

Sim, fui bolsista da CAPES durante o doutorado (PROSUP) e no programa Doutorado-Sanduíche na Aston University. Esse apoio foi essencial para a realização de estudos aprofundados, acesso a recursos internacionais e networking com especialistas renomados, o que elevou significativamente a qualidade da minha formação acadêmica e pesquisa.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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