CAPES apoia UFG em projeto sobre saúde bucal e COVID-19

Avaliar as consequências da COVID-19 para a saúde bucal e propor tratamentos para amenizar ou sanar os problemas. Esses são os objetivos do projeto da Universidade Federal de Goiás (UFG) apoiado pela CAPES por meio do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Impactos da Pandemia . Serão concedidas 10 bolsas, quatro de mestrado, três de doutorado e três de pós-doutorado, além de R$100 mil em recursos de custeio.

Serão realizadas duas frentes de estudos. Na primeira está o acompanhamento de pacientes que receberam alta após internação em enfermaria ou UTI por infecção pelo novo coronavírus. O monitoramento se dará em períodos de três, seis, 12, 18 e 24 meses. “Esses pacientes serão avaliados na busca de possíveis manifestações tardias da COVID-19 em boca e, também, na análise da relação entre piores condições de saúde bucal com complicações tardias da COVID-19 em pacientes pós-infecção”, explica Nádia Costa, pesquisadora da Faculdade de Odontologia da UFG e coordenadora do projeto.

A segunda frente será uma coorte de acompanhamento com 639 adolescentes que vêm sendo avaliados desde 2010 (quando eram crianças de 1 a 5 anos). “Uma vez que essas crianças foram avaliadas antes e durante a pandemia de COVID-19, será possível analisar seus efeitos nas condições de saúde bucal tardiamente, além dos hábitos relacionados com a saúde oral, como frequência de escovação e uso de fio dental”, afirma Nádia.

O projeto é liderado pela UFG e conta com dez pesquisadores. Além da instituição goiana, há professores das Universidades Estadual da Paraíba (UEPB), Federal de Minas Gerais (UFMG), Federal de Santa Maria (UFSM) e da particular Universidade de Cuiabá (Unic).

A CAPES foi o elo entre UFG, UEPB e UFMG antes mesmo do projeto atual. Os cientistas trabalharam juntos no âmbito do Programa de Cooperação Acadêmica (Procad). Em 2021, foram premiados pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO) por trabalho sobre doenças de boca como fator de risco para a COVID-19. Agora, a análise será sobre as complicações tardias.

Felipe Terra, pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, afirma que o projeto “deixa a UFG em destaque na área da Odontologia e nos estudos de desdobramentos da COVID-19”. Para ele, o trabalho apoiado pela CAPES tem potencial para “não só impactar na propositura de tratamentos, mas ser definidor de políticas públicas”.

Sobre o programa
O PDPG – Impactos da Pandemia é o quarto edital do Programa Estratégico Emergencial de Prevenção Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias , que tem a finalidade de incentivar estudos sobre a prevenção e o enfrentamento à COVID-19 e outras doenças. Estão previstos investimentos de até R$25,1 milhões.

Legenda das imagens:
Banner: Atendimento odontológico na UFG (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)
Imagem 1: Nádia Costa coordena projeto de pesquisa sobre complicações tardias em boca decorrentes da COVID-19 (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)
Imagem 2: Fachada da Faculdade de Odontologia da UFG, onde Nádia Costa atua como professora e pesquisadora (Foto: Naiara Demarco - CCS/CAPES)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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