Abril Indígena: Funai reafirma que demarcação é a relação da terra com os povos indígenas durante exibição do filme ‘Coração da Mãe Terra’

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) reforçou a importância de valorizar os povos indígenas não apenas de maneira simbólica, como também efetiva por meio da demarcação de terras e preservação da sua cultura. A manifestação da presidenta da Funai, Joenia Wapichana, ocorreu na noite de segunda-feira (7), durante a exibição do filme “Coração da Mãe Terra” na capital federal como parte da programação do Abril Indígena. A exibição foi promovida pela produtora Planet Amazone, em parceria com a Funai e a Embaixada da França no Brasil.

“A demarcação é a relação da terra com os povos indígenas, por isso é importante regularizar, proteger e fazer respeitar”, reafirmou Joenia Wapichana, que prestigiou a exibição de 1h30 ao lado do cacique Raoni Metuktire, um dos principais protagonistas do filme, além do cineasta Gert-Peter Bruch, embaixador da França, Emmanuel Linen, lideranças indígenas, ativistas e demais representantes de embaixadas no Brasil. 

Há três anos à frente da autarquia indigenista, Joenia também reforçou que a Funai, diante da nova gestão do Governo Federal, tem o compromisso de resgatar os direitos indígenas, principalmente pelos vários ataques que os povos vêm enfrentando, sobretudo pela necessidade da demarcação das terras indígenas. 

Esse compromisso se reflete nas medidas adotadas para a reconstrução da política indigenista como a retomada dos processos de demarcação, paralisados por seis anos; operações de desintrusão em terras indígenas; adesão ao Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) com 30% das vagas reservadas para indígenas; retomada de parcerias institucionais para a efetivação de políticas públicas para os povos indígenas, entre outras ações para o desenvolvimento sustentável nas comunidades indígenas, gestão ambiental e territorial e garantia de direitos territoriais, sociais, culturais e linguísticos.

O filme

Lançado em abril de 2023 em Brasília e em outros estados, o filme reflete a luta dos povos indígenas do Brasil e a preservação da Amazônia e registra esforços que somam décadas de luta pelo direito à demarcação de terras. Foi codirigido e coproduzido por Gert-Peter Bruch, jornalista e ativista francês, fundador da ONG Planet Amazone, e a princesa Maria Esmeralda, da Bélgica.

Além do cacique Raoni, o filme conta com a participação de lideranças indígenas brasileiras como Kretã Kaingang, Alessandra Munduruku e Veronice Veron.

Assessoria de Comunicação/Funai