Cheias no RS: Funai e MPI criam Sala de Situação para emergência climática de assistência a 30 mil indígenas atingidos

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) criaram uma Sala de Situação para alinhar os encaminhamentos interinstitucionais de assistência aos cerca de 30 mil indígenas que sofrem com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, com reuniões virtuais diárias. A Sala de Situação é composta por servidores do órgão indigenista, do MPI, Coordenações Regionais (CRs) da Funai de Passo Fundo e Litoral Sul e as Coordenações Técnicas Locais (CTLs), para deliberação diária do atendimento aos povos afetados. A ministra Sonia Guajajara e técnicos da Funai chegam ao estado neste sábado (11) para acompanhar as ações de assistência aos indígenas.

Entre os encaminhamentos da Sala de Situação está a busca ativa para entrega de suporte emergencial aos indígenas que estão nos abrigos, como água, alimentos e serviços básicos. A Funai solicitou à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a destinação de cestas de alimentos por família atingida, de forma periódica.

Outra medida adotada pelo órgão indigenista foi o encaminhamento de ofício ao MPI solicitando gestões para discussão e aprovação de crédito extraordinário de aproximadamente R$20 milhões para atender os povos indígenas afetados pelas cheias.

O recurso é para investimento em ações de resgate e logística para entrega de itens de higiene, limpeza, água, alimentos, doações e suporte a ações de direitos sociais e de cidadania. E, também, para a aquisição de equipamentos e insumos agrícolas voltados à recuperação da capacidade produtiva e econômica das comunidades indígenas.

A solicitação do crédito extraordinário foi feita a partir de diagnóstico da situação de calamidade em que se encontram os povos Guarani, Charrua, Kaingang e Xokleng, com base nas necessidades apontadas pelas organizações indígenas e visitas da Funai às comunidades afetadas.

Estima-se que 70% dos territórios indígenas estão sendo impactados e mais de 8 mil famílias sofrem com o desastre natural, de acordo com dados cruzados entre as CRs de Passo Fundo e do Litoral e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Por meio das CRs, a Funai atende cerca de 109 aldeias no Rio Grande do Sul, além de comunidades que residem em contextos urbanos e periurbanos.

Escritório de monitoramento

A autarquia atua no monitoramento da situação dos povos indígenas subsidiando com informações e orientando a política indigenista nos órgãos envolvidos na força-tarefa. No último sábado (4), a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, esteve no Rio Grande do Sul com a comitiva do Governo Federal para instalar um escritório de monitoramento em Porto Alegre para ações de socorro.

O escritório segue ativo em Porto Alegre para assistência humanitária, resgate e salvamento, auxílio na logística de distribuição de donativos, planejamento de mutirões para a retirada dos documentos perdidos nas enchentes, entre outras ações.

Clique aqui e confira as ações do Governo Federal no Rio Grande do Sul.


Assessoria de Comunicação/Funai