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Fortalecimento da Funai é prioridade do Governo, afirma Joenia Wapichana em encontro de servidores
A retomada da missão institucional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi um dos temas discutidos nesta quinta-feira (30) no Encontro de Coordenadores e Coordenadoras das Frentes de Proteção Etnoambiental (FPEs), na Sede do órgão, em Brasília. Na ocasião, a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, garantiu que a reconstrução e o fortalecimento da instituição estão entre as prioridades do Governo Federal.
“Quero compartilhar com vocês essa responsabilidade de reconstruirmos a Funai. Sabemos que não vai ser fácil, mas queremos mudar com responsabilidade, com compromisso, e isso já está ocorrendo. Só o fato de vocês estarem aqui reunidos fazendo o planejamento e alinhamento já é um passo importante“, ressaltou a presidenta.
O Encontro de Coordenadores e Coordenadoras das FPEs teve início na segunda-feira (27), no Centro de Formação em Política Indigenista da Funai, em Brasília. O evento buscou planejar estrategicamente o trabalho das frentes e fortalecer as discussões sobre a política de promoção dos direitos dos povos indígenas de recente contato.
Em sua fala, Joenia Wapichana também reforçou o compromisso com a aprovação do Plano de Carreira dos servidores, atualmente em discussão no Executivo. “A valorização dos servidores é essencial para que a Funai possa cumprir a sua missão institucional”, frisou. A realização de um novo concurso público também integra a lista de prioridades desta gestão. A presidenta destacou ainda a importância de manter um diálogo claro, direto e propositivo com os servidores.
Já o coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai, Leonardo Lenin, pontuou que a situação das FPEs não é diferente do restante da Fundação quanto à precariedade de recursos humanos e orçamentários: “A escassez de servidores, as condições de trabalho na ponta e as limitações orçamentárias são os nossos maiores desafios, o que requer uma discussão aprofundada”, afirmou.
Presente no evento, o coordenador da FPE Guaporé (RO), Altair Algayer, que ficou conhecido por monitorar durante mais de 20 anos o território do chamado "índio do buraco", fez uma síntese do que os colegas relataram durante os três dias de encontro. Os depoimentos têm em comum o alto volume de trabalho em vastas áreas, com reduzido quadro de recursos humanos e orçamento. “A gente acaba fazendo milagres e a fala da presidenta enxuga um pouco as nossas lágrimas“, revelou. O conteúdo discutido durante o evento será sistematizado, e as principais demandas, apresentadas às áreas responsáveis da Funai.
Assessoria de Comunicação / Funai